Lúcia Vânia aponta os motivos da greve dos caminhoneiros
Redação DM
Publicado em 31 de maio de 2018 às 04:40 | Atualizado há 7 anos
Em discurso na tribuna do Senado ontem, a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) (foto), destacou os motivos que levaram a paralização dos caminhoneiros do País. Na avaliação da parlamentar goiana, a variação na política de preços de combustíveis praticada nos últimos governos resultou na crise que o País enfrenta, trazendo endividamento para União e perda de valor de mercado para a Petrobrás.
“Não poderíamos repetir o erro do passado. Portanto, eu não compartilho da visão de que a atual gestãoéresponsávelpelasituaçãoatual de desabastecimento vivida pela população. Entendo, no entanto, que o atual governo foi de um extremo ao outro na política de preços adotada, que trouxe muita instabilidade para as decisões dos atores envolvidos, em particular os consumidores. O principal responsável pela crise detonada pela greve dos caminhoneiros foram as políticas públicas adotadas em sucessivas administrações”, disse Lúcia Vânia.
A senadora chamou atenção para a necessidade urgente de uma ampla reforma tributária, ponderando que a carga de tributos sobre o consumo acaba prejudicando a população carente. Segundo a senadora, essa é uma das lições a serem aprendidas com a crise. “Por uma questão de justiça, seria desejável que a nossa carga tributária tivesse um peso maior na tributação sobre o patrimônio e a renda. Os caminhoneiros foram às ruas para, de certa forma, externar toda essa desgovernançaquenóstivemosnosúltimos tempos”, reforçou.
A extrema dependência do Brasil pelo transporte rodoviário e o baixo investimento em infraestrutura também foi destacado pela senadora em seu discurso. “Frente a outros países de dimensões continentais, as rodovias exercem peso relativo excessivo na matriz de transporte brasileira. Decisões errôneas tomadas no passado nos levaram a essa situação. O ideal seria que a nossa matriz de transportes fosse melhor distribuída, com uma importância relativa maior do transporte por ferrovias e hidrovias”, avaliou.