Política

Lúcia Vânia é contra a cassação de Temer

Diário da Manhã

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 00:02 | Atualizado há 8 anos

A senadora Lúcia Vânia (PSB) não é favorável a articulações que visam à cassação do presidente Michel Temer (PMDB-SP). Ao todo foram impetradas quatro ações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo PSDB pedindo a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB, é autor de uma delas.

Em entrevista à Rádio 730, a senadora Lúcia Vânia diz que não é o momento de trabalhar para a queda do presidente, pois este fato apenas aprofundaria a crise. Ela ainda lembra que, se Temer for cassado, a eleição seria indireta, com apenas os congressistas votando, no chamado “colégio eleitoral”.

Com seu posicionamento, Lúcia se coloca em situação oposta ao senador Ronaldo Caiado (DEM), que tem ocupado a tribuna para defender o fim do governo Temer e a convocação de novas eleições para presidente. “Eu sou daquelas que entendem que não podemos precipitar o quadro. Enquanto o presidente estiver cumprindo aquilo que seja importante para o País, que é a retomada do crescimento e a preocupação com 12 milhões de desempregados, a gente não pode julgar e apostar no escuro, quanto pior, melhor. Temos que confiar que vamos sair da recessão, temos que acompanhar as medidas, se tiverem uma reação positiva, sairemos da crise, sem a necessidade de antecipar as eleições”.

No entendimento de Lúcia Vânia, é preciso que o presidente Temer continue tendo pelo menos o apoio do Congresso Nacional, uma vez que não possui aprovação de grande parte da população. Para ela, há a necessidade de as reformas em modo geral serem realizadas o quanto antes, pois, no entender dela, podem colaborar com a retomada do crescimento do País.

Entre os projetos do governo federal que devem ser apreciados pelo Senado e pela Câmara Federal neste primeiro semestre estão as matérias que tratam da Reforma da Previdência, a votação final da PEC 55 (que congela por 20 anos os investimentos em saúde e educação) e o PLC 257, que terceiriza todas as atividades, praticamente substituindo a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Para a senadora goiana, o momento é de apoio às reformas defendidas pelo governo Temer. Segundo ela, somente assim o País vai sair da crise instalada.

Na entrevista a Rubens Salomão, no programa Primeiro Tempo da Notícia, Lúcia Vânia também avaliou o momento político em Goiás. De acordo com a senadora, que também é presidente do PSB estadual, o partido ainda está fazendo uma avaliação do desempenho da sigla nas últimas eleições em Goiás. Na  sua avaliação, o PSB errou ao se aliar com o PSDB na chapa proporcional e no primeiro turno da candidatura majoritária em Goiânia.

Lúcia Vânia adianta que o partido tem a intenção de lançar um candidato próprio em 2018. O nome de Vanderlan Cardoso aparece como opção, mas ela também destaca que pode ser um jovem político da sigla, como os deputados Virmondes Cruvínel, Lissauer Vieira e Marcos Abrão. O nome dela só seria lançado caso não se conseguisse outro postulante.

Perguntada por Rubens Salomão se sua filha, a  ex-secretária da Fazenda Ana Carla Abrão, não poderia emprestar seu nome ao PSB para uma candidatura ao governo, Lucia Vânia descartou esta hipótese.

“Ela (Ana Carla Abrão) volta para São Paulo. Ela tem um convite para assumir uma posição de direção de uma multinacional. Ela vai partir para o setor privado. Eu ficaria muito feliz se ela pudesse ser candidata ao governo. Mas dificilmente ela poderia continuar aqui”, conclui. (Com informações da Rádio 730 e do site Diário de Goiás)


Temos que confiar que vamos sair da recessão, temos que acompanhar as medidas, se tiverem uma reação positiva, sairemos da crise, sem a necessidade de antecipar as eleições”


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