Política

Lula vai falar sobre tarifas americanas com premiê da Índia nesta quinta e depois quer Xi Jinping

DM Redação

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 07:25 | Atualizado há 1 hora

Lula destacou que o país reconhece a força econômica, militar e tecnológica dos Estados Unidos, mas afirmou que isso não intimida o governo brasileiro
Lula destacou que o país reconhece a força econômica, militar e tecnológica dos Estados Unidos, mas afirmou que isso não intimida o governo brasileiro

Nelson de Sá – Folha Press

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, confirmou que o presidente Lula e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, falam por telefone nesta quinta, 7, sobre as tarifas americanas impostas aos dois países e que o próximo deve ser o líder chinês, Xi Jinping.

“Antecipei esse interesse” de uma conversa também com Xi, disse Amorim, sobre o telefonema que manteve na quarta (6) com o chanceler Wang Yi, diretor do Escritório de Relações Internacionais do Partido Comunista da China, cargo estratégico equivalente ao do assessor brasileiro.

“É importante a conversa entre os países do Brics, principalmente os três que foram ameaçados por sanções adicionais por causa de ter comércio com a Rússia”, justificou. “Agora, não sei quando vai acontecer, depende também das agendas, dos horários. O presidente Xi e o presidente Lula têm toda a disposição.”

Trump determinou nesta quarta a aplicação de uma taxa adicional de 25% sobre as importações da Índia em retaliação pelo país adquirir petróleo da Rússia.
A nova ordem amplia para 50% a sobretaxa imposta aos indianos, que passará a ser válida daqui a 21 dias. Trata-se de uma retaliação indireta à Rússia por não ceder aos apelos dos Estados Unidos de encerrar a guerra com a Ucrânia.

Modi, segundo a imprensa indiana, deve viajar no fim deste mês à China, na primeira visita ao país vizinho em sete anos, passando antes pelo Japão. Wang Yi deve estar nos próximos dias em Nova Déli para acertar a agenda do encontro bilateral Xi-Modi.

Nos últimos meses, a reaproximação entre os dois gigantes asiáticos incluiu visitas à China tanto do assessor de Segurança Nacional, Ajit Doval, quanto do chanceler S Jaishankar e do ministro da Defesa, Rajnath Sigh.

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