Magda Mofatto: PR está “livre, leve e solto”
Redação DM
Publicado em 7 de abril de 2017 às 02:36 | Atualizado há 8 anos
Sem esconder seu projeto de concorrer ao Senado Federal, a deputada federal Magda Mofatto afirmou que o PR, partido dirigido em Goiás pelo empresário Flávio Canedo, seu marido, só irá tratar de eleições no ano que vem. “Acho prematuro o lançamento de candidaturas majoritárias com tanta antecedência.”
O PR, segundo a deputada, está aberto para dialogar com todas as forças políticas sobre as eleições de 2018. “Temos que conversar com tudo muito, conhecer os projetos de cada um. As definições ocorrerão no momento certo, ou seja, durante as convenções partidárias, em agosto do ano que vem”.
Além de Magda Mofatto, o PR conta também com o deputado federal Delegado Waldir Soares, que dá sinais de que poderá apoiar a candidatura de Ronaldo Caiado ao Governo de Goiás. Na Assembleia Legislativa, os deputados Álvaro Guimarães, Cláudio Meirelles e Dr. Antônio Moraes são filiados ao partido. No interior, são 19 os prefeitos republicanos.
Ela reafirmou que o PR integra a base do governador Marconi Perillo, um líder político “inteligente e habilidoso”. Segundo a deputada, a população está interessada em conhecer “soluções” dos governantes para as demandas econômicas e sociais, como empregos, e não de campanha eleitoral.
Magda Mofatto vê como “legítimas” as postulações do vice-governador José Eliton (PSDB), pela base aliada, e do senador Ronaldo Caiado (DEM) e o deputado federal Daniel Vilela (PMDB), pela oposição, às candidaturas ao governo de Goiás. “Todos eles têm legitimidade e serviços prestados para colocar os nomes como pretendentes a uma disputa a governador”.
A deputada federal é de opinião o cenário político em Goiás e no país é “incerto”. Ela sustenta que muitos que se consideram “fortes” agora podem não serem confirmados candidatos majoritários pelos seus partidos, em julho do ano que vem. “Não se deve colocar o carro adiante dos bois. Tem o tempo para governar e o tempo para as eleições”.
Em entrevista à rádio 730/AM, Magda Mofatto disse que seu nome será colocado pelo PR como opção para o Senado Federal, em 2018, mesmo sabendo que, na base aliada, já são oito os pretendentes às duas vagas. “Os companheiros do PR me incentivam a colocar meu nome para a disputa ao Senado. Quero participar desse debate, na base aliada, sobre as duas candidaturas de senador”.
Segundo Magda, Mofatto não há nenhum tipo de insatisfação por parte do PR com as decisões tomadas pela base governista. No mês de março, o governador Marconi Perillo (PSDB) anunciou publicamente seu voto no senador Wilder Morais (PP) como candidato da base ao senado e em José Eliton (PSDB) como candidato ao governo do Estado.
A atitude do governador deixou parte da base insatisfeita, especialmente a senadora Lúcia Vânia (PSB) e o deputado federal Roberto Balestra (PP). Balestra chegou a dizer que Wilder Morais não tinha legitimidade para presidir o PP e que Marconi tinha se precipitado.
Apesar de não tecer críticas a Wilder Morais, Magda Mofatto também considerou a decisão de Marconi prematura. “Eu acho um pouco antecipada essa colocação de Marconi Perillo. Nas eleições de 2014, por exemplo, Marconi lançou Vilmar Rocha (PSD) como candidato ao senado com muita antecedência. Isso fez com que o Vilmar se enfraquecesse durante a corrida eleitoral. E não foi só isso, na Campanha de 2016 ele lançou com muita antecedência o Giuseppe Vecci. Com isso, o Vecci não conseguiu sair candidato a prefeito e o governo ficou sem representante em Goiânia”.
Magda Mofatto elogiou o plano Goiás na Frente, lançado pelo governador Marconi Perillo, que oferecerá R$ 6 bilhões para investimentos no Estado, sendo que R$ 500 milhões estão destinados para aplicação em obras nos 246 municípios. “Marconi é arrojado, com visão de futuro. Valorizar o municipalismo sempre foi o seu foco”.