Política

Maguito: bases do MDB querem nome próprio para governador

Redação DM

Publicado em 11 de fevereiro de 2018 às 02:21 | Atualizado há 7 anos

 

O ex-governador e ex-prefei­to de Aparecida de Goiâ­nia, Maguito Vilela, afir­mou que a militância do PMDB (agora MDB) – parlamentares, pre­feitos, vereadores e membros de di­retórios municipais – querem que o partido lance candidato próprio ao governo de Goiás nas eleições des­te ano e amplie alianças para con­quistar cadeiras à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa.

Para Maguito Vilela, o nome do deputado federal Daniel Vile­la cresce não apenas junto às li­deranças do MDB como também nas pesquisas internas de inten­ção de votos para governador. “A gente conversa com os prefeitos e lideranças e percebe o anseio do MDB para que haja candidatura própria ao governo. O partido nun­ca abriu mão da cabeça de chapa desde 1982 quando Iris Rezende chegou ao Palácio das Esmeraldas”.

O emedebista sustenta que a maioria esmagadora de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, mem­bros de diretórios municipais, de­putados estaduais e federais defen­dem o lançamento de candidato próprio ao Palácio das Esmeral­das. “É só conversar com a mili­tância, com as lideranças políticas para saber que há vontade do parti­do em lançar nome próprio na dis­puta pelo governo”.

O ex-governador, que já despa­cha no escritório político de Daniel Vilela, em Goiânia, afirma ser “na­tural” a existência de dissidentes no MDB – apoiadores da candidatura do senador Ronaldo Caiado – mas que, para ele, caberá à convenção, em agosto, decidir, por maioria, a vontade do partido em relação às eleições deste ano. “Estamos con­versando com os deputados e de­mais lideranças para mostrar a im­portância de termos candidatos a governador e senador, abrindo as demais vagas para composição com os partidos aliados”.

Maguito lembra que, caso o MDB não lance candidato a gover­nador, haverá redução das banca­das federal e estadual, o que, para ele, o transformará em “legenda pequena”. O emedebista revela es­tar “estimulando” o lançamento de candidatos à Câmara Federal e As­sembleia Legislativa em todas as grandes cidades e regiões do Estado.

O ex-governador diz que, sem candidato a governador, o MDB es­tará prestando um “desserviço” à democracia. “Eu sempre estimu­lei o lançamento de candidatos majoritários e proporcionais pe­los partidos. Time que não entra em campo não ganha campeonato. Acho salutar o MDB, DEM, PSDB, PT, além de outros, participarem dos pleitos eleitorais com candi­datos próprios a governador. É a essência da democracia ter can­didatos, disputar eleições, sub­meter-se à vontade dos eleitores”.

COM A SOCIEDADE

Maguito Vilela frisa que, a par­tir de agora, o pré-candidato ao go­verno, Daniel Vilela, vai intensificar o debate com os segmentos orga­nizados da sociedade, para “bus­car um projeto alternativo de poder para Goiás”, acrescentando que as “questões internas partidárias” fica­rão para a convenção. “Daniel Vile­la representa a renovação de ideias, de projetos administrativos e polí­ticos para o Estado. Ele está dialo­gando com a sociedade, buscando subsídios para o plano de governo a ser elaborado pelo MDB e deba­tido na campanha eleitoral”.

Maguito lembra que o projeto alternativo de poder do MDB não “saiu” da cabeça do pré-candida­to Daniel Vilela, pois, ressalta, é re­sultado do debate em 17 encon­tros regionais. “Nesses encontros, ouvimos todas as bases do parti­do. Aqueles pouquíssimos que não conseguirem enxergar, devem bus­car outros projetos ou até mesmo deixarem o partido”.

AMPLIAR ALIANÇAS

O ex-prefeito sustenta que, a par­tir de agora, outra frente será ado­tada pelo MDB: a de ampliar as alianças partidárias. “Temos que ampliar o diálogo com outras le­gendas, abrir espaços para candi­daturas a vice-governador e à se­gunda vaga de senador. O MDB não pode se fechar, sob pena de sofrer novas derrotas”.

Maguito defende que o MDB reabra conversações com o PT, par­tido que está distante desde 2014 e que a relação se agravou por oca­sião do impeachment da presiden­te Dilma Rousseff. “O MDB está correto em ampliar as alianças par­tidárias, buscar o diálogo com o PT e outras legendas. Não se pode fa­lar em união da oposição em Goiás sem incluir o PT, que tem ótimos quadros, casos do deputado federal Rubens Otoni, ex-prefeito Antônio Gomide, ex-prefeito Pedro Wilson e os deputados estaduais Adriana Ac­corsi, Humberto Aidar e Luis Cesar Bueno, por exemplo”.

O líder emedebista ressalta que o MDB deve tentar atrair dissiden­tes do bloco governista, iniciando diálogo, por exemplo, com o PP de Wilder Morais e Alexandre Baldy, o PSB de Lúcia Vânia, o PTB de Jo­vair Arantes, o PSD de Vilmar Ro­cha, o PRB de João Campos. “Parti­do algum chega ao poder sem fazer alianças. Temos que dialogar com legendas da oposição e buscar atrair dissidentes do grupo governista”.

 



A gente conversa com os prefeitos e lideranças e percebe o anseio do MDB para que haja candidatura própria ao governo. O partido nunca abriu mão da cabeça de chapa desde 1982 quando Iris Rezende chegou ao Palácio das Esmeraldas”

 

Não se pode falar em união da oposição em Goiás sem incluir o PT, que tem ótimos quadros, casos do deputado federal Rubens Otoni, ex-prefeito Antônio Gomide, ex-prefeito Pedro Wilson e os deputados estaduais Adriana Accorsi, Humberto Aidar e Luis Cesar Bueno, por exemplo”

 

 

 

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