Maguito: MDB precisa ampliar o leque de alianças para 2018

Simpatizante da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à pre­sidência da República, o ex-go­vernador e ex-prefeito de Apare­cida de Goiânia Maguito Vilela quer incluir o PT na aliança com o MDB para a disputa ao Gover­no de Goiás nas eleições deste ano.

Derrotado na disputa pelo Palá­cio das Esmeraldas em 2006, Magui­to se arrepende de ter dispensado o apoio dos petistas à sua campanha, quando foi derrotado pelo governa­dor Alcides Ribeiro (PP), depois de liderar as pesquisas praticamente durante toda a campanha eleitoral.

No exercício do mandato de se­nador da República, Maguito Vi­lela estabeleceu conflitos com li­deranças nacionais do PMDB por apoiar o governo Lula. Na Pre­feitura de Aparecida de Goiânia, contou com o respaldo dos pre­sidentes Lula e Dilma Rousseff.

Cético quanto à união do MDB de Daniel Vilela com o DEM de Ronaldo Caiado no primeiro tur­no, Maguito Vilela vai iniciar con­versações com a direção estadual do PT para discutir aliança ao plei­to deste ano. Ele deve se encontrar com a presidente estadual da le­genda, Kátia Maria Santos.

Ano passado, Maguito man­teve conversações com o deputa­do federal Rubens Otoni e com o vereador e ex-prefeito de Anápo­lis, Antônio Gomide, discutando a união MDB/PT. O nome de Go­mide é lembrado para disputar, na aliança PT/MDB, vaga ao Senado Federal ou vice-governador.

Daniel Vilela, pré-candidato a governador pelo MDB, já defen­deu a união do partido com o PT, depois recuou e agora admite voltar a conversar com a dire­ção petista no Estado. Ele tam­bém vê, com simpatia, uma eventual presença de Antônio Gomide na chapa majoritária oposicionista em Goiás.

O MDB está dividido: uma ala quer a candidatura própria de Daniel Vilela ao governo estadual, outra corrente defende apoio a Ronaldo Caiado (DEM), que li­dera as pesquisas até o momento.

A palavra de Iris Rezende sobre a sucessão estadual terá peso, mas o prefeito de Goiânia prefere não se posicionar agora sobre a disputa eleitoral de 2018. Iris é simpático à candidatura de Ronaldo Caiado, mas vê “legiti­midade” na postulação de Da­niel Vilela. O prefeito entende que a oposição não poderá che­gar dividida às eleições de 2018, sob pena de sofrer nova derrota.