Manobras deixa PMDB sem presidente
Redação DM
Publicado em 11 de novembro de 2015 às 23:40 | Atualizado há 9 anosMaior partido de oposição em Goiás, o PMDB está há 10 dias sem presidente estadual. Tomado por uma briga interna, o partido tenta se organizar para realizar o processo de sucessão para escolher quem vai substituir o ex-deputado estadual Samuel Belchior, aliado do ex-governador Iris Rezende.
A eleição para o diretório estadual estava marcada para 29 de outubro, mas uma liminar na Justiça, resultado de uma ação judicial articulada pelo deputado federal Daniel Vilela, impediu a realização da eleição. Dois dias depois Samuel entregou o cargo e ele está vago até hoje; algo inédito na história da legenda no Estado.
Daniel disputava a comando do partido com o ex-prefeito Nailton Oliveira, que era o candidato de Iris. Vendo que seria derrotado e o velho cacique continuaria no poder, o filho de Maguito Vilela fez com que o ex-deputado José Essado buscasse na Justiça o cancelamento da eleição. E deu certo. O pleito foi suspenso.
A eleição agora fica sob a responsabilidade do diretório nacional, responsável por indicar uma comissão provisória que será designada para executar a eleição. Os grupos de Iris e Daniel brigam para indicar o presidente da tal comissão. Daniel teria vantagem pelo bom relacionamento que possui com o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer.
O motivo de tanta briga no PMDB é o eleição para o governo do Estado em 2018. Iris Rezende, que manda no partido há 30 anos e deve ser candidato a prefeito de Goiânia no próximo ano, não quer passar a batuta para a chamada nova geração, mesmo estando prestes a completar 82 anos.
Daniel Vilela cumpre seu primeiro mandato como deputado federal, já foi vereador e deputado estadual, tem o apoio do pai (o ex-governador Maguito) e sonha em ser presidente do partido. Essa determinação existe porque Daniel sabe que com o PMDB nas mãos de Iris dificilmente haverá brecha para o crescimento de seu nome.