Marconi diz que Temer terá que montar boa equipe e cortar ministérios e gastos
Redação DM
Publicado em 11 de maio de 2016 às 12:11 | Atualizado há 9 anos
Em entrevista ao site “A Redação”, o governador Marconi Perillo disse que se o vice-presidente Michel Temer assumir o governo terá de montar um ministério qualificado, diminuir o número de ministérios e cortar gastos do governo federal, inclusive cortando cargos comissionados.
Para Marconi, Temer terá de focar em equalizar a economia, mostrar credibilidade e dar segurança institucional, para que os empresários voltem a investir e os trabalhadores tenham segurança no emprego. “Sem as reformas o governo vai fracassar e ninguém quer que o governo fracasse”, disse.
“A grande preocupação que tenho hoje é que, havendo o impeachment, que o presidente Temer monte uma boa equipe, apresentar um bom retrato de uma equipe preparada, reduzir o número de ministérios. Eu disse isso a ele [Temer] e também ao ministro Padilha que seria importante reduzir o número de ministérios, o número de cargos comissionados. Contei o que eu fiz aqui em Goiás com nossa reforma em 2014, ele anotou todas as secretarias e órgãos que eu juntei e ontem eu pude perceber, recebendo informações pela imprensa, de que o presidente vai reduzir dez ministérios. Acho que isso é um bom começo. Ele está colocando na Fazenda um bom ministro, que é o Meirelles, reconhecido pela competência e bastante respeitado. Terá que ter peso para fazer as mudanças. Acho que o presidente está trabalhando competentemente com os partidos para garantir governabilidade e maioria para fazer as reformas. Sem as reformas, o governo vai fracassar e ninguém quer que o governo fracasse. Nós queremos que o presidente Temer, caso se confirme o impeachment amanhã, que faça a transição e eleve o Brasil a um porto seguro, que tire o país desse atoleiro econômico e político. O recado que eu, particularmente, tenho dado aos líderes do PSDB é que não deve se envolver em discussões envolvendo 2018. Temos que pensar em como ajudar o Brasil a atravessar esse mar de dificuldades para chegar a 2018 com o Brasil de pé, com a população menos insatisfeita, melhor atendida, e voltando a acreditar que é possível ser otimista em relação ao futuro do país. Essa sensação de que o Brasil chegaria o primeiro mundo foi fortemente abalada”.