Política

Meirelles é o “plano A” do PSD

Diário da Manhã

Publicado em 6 de janeiro de 2018 às 01:57 | Atualizado há 7 anos

Henrique Meirelles é o can­didato preferencial do PSD à presidência da Repúbli­ca. A assertiva foi feita ontem pelo presidente nacional da legenda, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilber­to Kassab. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Kassab disse que “Henrique Meirelles é o “plano A” do PSD para disputar a Presidência neste ano, e não há outros nomes dentro do partido como alternati­vas ao ministro da Fazenda”, garan­tiu. “Você fazer uma afirmação de que ele será ou não candidato é cair numa cilada para que nossas rela­ções possam ser deterioradas. Ele poderá ser como não ser. E o partido não tem como candidatura própria plano B ou plano C, só plano A, que é o Meirelles”, acrescentou.

Em Goiás, Meirelles ainda não é unanimidade no seu próprio partido. Em entrevista na primei­ra quinzena de dezembro, o pre­sidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, defendeu a candidatura do governador de São Paulo, Geral­do Alckmin (PSDB). “Eu integro um grupo de políticos nacionais de diferentes partidos que está aju­dando a viabilizar politicamente a candidatura do governador Geral­do Alckmin. Queremos construir uma aliança forte em volta dele. Achamos que, no atual quadro, ele é o mais experiente, coman­da uma economia grande, é equi­librado, um político de centro, aus­tero, com nome limpo. O nome de Merirelles surgiu, ainda não foi en­campado pelo PSD”, disse à época.

A declaração de Vilmar ainda não se contrapõe de todo com a de seu partido. Na mesma Folha, Gil­berto Kassab admite que deixou aberta a possibilidade de apoio do PSD ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e até a uma eventual reeleição do presi­dente Michel Temer (MDB-SP) se Meirelles não for candidato. “Ne­nhum partido faz por um presiden­ciável o que o PSD faz pelo Mei­relles. Temos imenso orgulho de tê-lo filiado. Ele tem tido desempe­nho que poucas vezes um gestor teve à frente da Fazenda”, reiterou.

Meirelles por sua vez vive uma guerra sem quartel contra Alckmin. O ministro da Fazenda fez duras de­clarações contra o governador de São Paulo, também em entrevista à Folha. Henrique Meirelles afirmou na ocasião que o governo de Michel Temer (PMDB) terá um candidato à presidência em 2018, mas ele não será o governador de São Paulo, Ge­raldo Alckmin (PSDB). “Uma coisa é o apoio a determinadas reformas, outra é o apoio à política econômi­ca atual, com todas as suas medi­das e consequências. Não há, pelo menos até o momento, um com­prometimento do PSDB em defesa dessa série de políticas e do legado de crescimento com compromisso de continuidade”, disse Meirelles.

DISPUTANA BASE

Segundo Kassab, é preciso ha­ver um esforço dos partidos da base governista para que as for­ças que defendem as reformas promovidas pelo governo este­jam juntas na eleição.

“Tenho me esforçado muito para que esse caminho seja o Meirelles. Mas pode ser o Meirelles, o presi­dente Temer, por que não? E pode ser o Alckmin. Na medida em que tenha clareza do plano de governo, é mais saudável e prudente que te­nhamos um só candidato”, disse.

No mês passado, Meirelles disse que levará vários fatores em conta para decidir, entre o final de mar­ço e início de abril, se irá concorrer à Presidência da República, dentre eles sua disposição pessoal de en­trar na disputa e a vontade de seu partido, o PSD. (Com informações da Folha de S.Paulo)

 


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