“Ministra desrespeita trabalhadores”, diz procurador do MPT
Redação
Publicado em 3 de novembro de 2017 às 17:21 | Atualizado há 4 meses
Após polêmica ao pedir para acumular seu salário de desembargadora aposentada com o de ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois voltou atrás. Para ela a situação, ao não receber o valor acumulado que chegaria a R$ 61 mil, se assemelharia ao trabalho escravo.
A declaração causou polêmica na quinta-feira (2/11) e mal-estar entre autoridades que combatem o trabalho escravo no Brasil. O chefe da Conaete (Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo) do MPT (Ministério Público do Trabalho), Tiago Muniz Cavalcanti, afirmou ao R7 que a comparação era esdrúxula.
“Com objetivos, no mínimo, controversos, que desrespeita os trabalhadores brasileiros”, completou, em entrevista ao R7. Para ele, o pedido de Luislinda coloca em dúvida o posto que ela ocupa, relacionado aos direitos humanos.
Desistência
Em nota oficial, a Secretaria de Direitos Humanos informou que a ministra desistiria do salário: “Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o Ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação”.
(Foto principal: Tiago Muniz Cavalcanti – Reprodução/Portal Ministério Público do Trabalho)