Morre o jornalista Reynaldo Rocha
Redação DM
Publicado em 23 de maio de 2017 às 02:10 | Atualizado há 8 anos
Desaparece Reynaldo Rocha. O jornalista morreu na manhã de ontem vítima de insuficiência respiratória, aos 73 anos. Ele estava internado desde a semana passada acometido de forte gripe. Seu irmão, o também jornalista Hélio Rocha, de 73 anos, informou ao Diário da Manhã que as causas da crise pulmonar que atacou Reynaldo ainda estão sob investigação médica, mas está descartada a hipótese de enfisema, já que ele não fumava.
Reynaldo foi velado em uma das salas do Jardim das Palmeiras, devendo ser sepultado neste cemitério às 9 horas de hoje. Deixa viúva Márcia Ângela Rocha e um casal de filhos, o engenheiro Cláudio Rocha e a arquiteta Daniela Rocha.
Jornalista das antigas, graduado em Jornalismo e em Direito, Reynaldo era um homem culto, afável, estimado por todos os colegas de profissão. Distinguia-se pela fidalguia no trato com as pessoas e no rigor ético com que exercia o seu ofício.
Começou repórter no Diário do Oeste, jornal de grande prestígio no anos 60, já fora de circulação. Mas foi como jornalista de O Popular que ele ganhou notoriedade. Foi repórter de política, editor de política e editor geral. Deixou O Popular em 1995. Desde então, dedicou-se à televisão. Era um dos produtores, redatores e apresentador do Roda de Entrevista, programa semanal da TV Brasil Central. Passou ainda pela TV Anhanguera e pela rádio CBN, e também pelo Jornal Opção.
Reynaldo, que os amigos chamavam carinhosamente de “Rei”, não deixa obra escrita, nem inédita nem publicada, exceto os muitos artigos que esporadicamente publicava, como colaborador eventual, nas mais diversas publicações goianienses. “Ele era essencialmente um homem de notícias”, afirma Hélio Rocha, jornalista e escritor.
Era um profissional de texto elegante, irretocável, que agradava pela beleza do estilo e a densidade do conteúdo. Sempre falando de política, tinha uma análise perspicaz e crítica da conjuntura, mas sempre objetivo, jamais deslizando para o panfletarismo, para a agressão, mas também nunca lisonjeando os atores da cena partidária local.