Morte de um publicitário de primeira linha do País
Redação DM
Publicado em 12 de maio de 2017 às 02:36 | Atualizado há 8 anos
O corpo do publicitário José Mário Cunha foi sepultado, ontem, no Jardim das Palmeiras, em Goiânia. Vítima de enfarto fulminante, ele morreu na madrugada de quinta-feira. Cunha foi um dos fundadores da agência OM&B Propaganda há quarenta anos. Desfeita a sociedade, ele fundou a Inter Publicidade. José Mário costumava contar que havia começado a trabalhar como vendedor de balinhas no Cine Goiânia. Ele tinha orgulho disso.
Ele foi secretário particular do governador Onofre Quinan e presidente do Cerne (Consórcio de Empresas de Radiodifusão e Notícias do Estado) no governo Iris Rezende, hoje transformada em Agência Brasil Central.
Segundo o diretor de arte e criação da agência, Beto Borges, José Mário estava bem de saúde. “Na quarta-feira, ele comemorava os resultados dos exames dele. Estava feliz”.
Segundo o diretor, José Mário trabalhou até as 20 horas de quarta-feira, na agência, e se deslocou para o apartamento no Setor Oeste, onde malhou com personal. Por volta das 23 horas, sentiu uma dor no estômago. “Ele ligou para o médico, tomou um remédio receitado, melhorou. Ligou novamente para agradecer ao médico e, após desligar o telefone, sofreu o enfarto”, revelou Borges. A funcionária de José Mário acionou uma equipe médica, mas ele não resistiu e faleceu à 0h20 de quinta-feira.
Para Beto Borges, José Mário era uma “figura ímpar e de sensibilidade extrema”. E lembrou: “Ele brincava que o casamento era com a empresa”. Ele era solteiro e não tinha filhos, mas muito dedicado aos irmãos e sobrinhos.
Borges disse que os clientes da agência gostavam muito dele. “Cunha era realmente diferenciado, comprometido com os resultados do trabalho e muito respeitado pelo mercado publicitário”.
O jornalista Euler de França Belém, editor chefe do Jornal Opção, diz que José Mário e Hugo Brockes fizeram sucesso na publicidade de Goiás e do País com “grandes sacadas (a publicidade do Café Cairo, com motivos do Velho Oeste americano, é considerada como uma das mais bem-sucedidas da publicidade patropi)”.
O jornalista Paulo Bittencourt, ex-secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Goiânia, resume: “Grande figura. Cunha marcou época no mercado publicitário de Goiás”.
O jornalista Jackson Abrão lamenta a morte de José Mário Cunha: “Ele era um profissional muito competente, dedicado ao trabalho, muito correto e amigo em todas as horas. Fez história na publicidade goiana”.
O publicitário Hugo Brockes foi sócio de José Mário Cunha na OM& Propaganda, por longos anos, desde a criação da agência. “José Mário é um profissional correto, inteligente, criativo e que valorizou a publicidade goiana e brasileira”.
O radialista, apresentador de televisão e deputado federal Sandes Júnior também ressalta o papel de José Mário na publicidade goiana. “Ele era criativo, altamente profissional e teve papel destacado na publicidade do Estado”.