Novo Mundo: Empregos e arrecadação crescem 4 vezes com incentivos fiscais
Júlio Nasser
Publicado em 10 de setembro de 2019 às 13:41 | Atualizado há 6 anos
A arrecadação de ICMS e a
geração de empregos do grupo goiano Novo Mundo cresceram mais de
quatro vezes nos
últimos 17 anos, quando começou a receber incentivos fiscais do
Estado para investimentos em expansão e novos negócios em Goiás. A
informação é do presidente da empresa, Carlos Luciano Ribeiro, em
depoimento nesta segunda-feira (09/09) para a CPI dos Incentivos
Fiscais, na Assembleia Legislativa.
Em 2001, a rede Novo Mundo
possuía 30 lojas e gerava 720 empregos diretos em Goiás. Sua
arrecadação de ICMS no primeiro ano foi de R$ 7,2 milhões. Hoje
são 140 lojas e 4,6 mil empregos, sendo 2,9 mil apenas em Goiás. A
sua folha salarial anual em Goiás é de quase R$ 85 milhões e,
somente no ano passado, gerou R$ 31,4 milhões de arrecadação de
ICMS para o Estado. O
aumento em recolhimento de tributos, portanto, foi de 335% neste
período.
Ao apresentar os dados à
Assembleia, Carlos Luciano afirmou que todo o montante de incentivos
fiscais recebido pela empresa é destinado para investimentos, com
retorno real para o Estado e para a população. “Goiás só ganha
com esta política”, enfatizou o empresário. “A
lógica do incentivo fiscal é simples e os ganhos para o Estado são
irrefutáveis. Com ele, o governo começou a receber parte de um
ICMS, com o centro de distribuição que montamos em Goiás, que
nunca receberia, além dos milhares de empregos que foram gerados.
Antes dos incentivos, tínhamos apenas 30 lojas e 720 funcionários.
Hoje temos 4 vezes mais que isto. Só nos últimos 4 anos
investimentos R$ 304 milhões, sendo 87% deste montante em Goiás”,
disse.
“Somos a única
empresa do segmento que tem a base de e-commerce em Goiás,
vendendo produtos para consumidores de todo o Brasil e gerando mais
impostos para o Estado e, claro, mais empregos. As
mercadorias da Novo Mundo são adquiridas e distribuídas a partir de
Goiás para as nossas lojas nos Estados vizinhos, no Distrito Federal
e para todo Brasil através do nosso e-commerce”,
frisou Carlos Luciano.
“Nossos concorrentes recebem
incentivos para o e-commerce, e nós não. O Estado infelizmente não
tem uma política de incentivos para vendas pela internet. Como
alternativa, a nossa empresa, então, recebeu crédito outorgado de
R$ 12 milhões para investir R$ 80 milhões em Goiás, mas
comprovamos investimentos que totalizaram R$ 132 milhões (65% a
mais). Depois, assinamos um segundo Tare de R$ 23 milhões para
investir 12 vezes mais em Goiás, ou seja, R$ 270 milhões, sendo que
em 2018 e até agosto deste ano investimos R$ 91 milhões e o crédito
outorgado creditado foi de R$ 4 milhões. Além disso, temos
uma meta de recolhimento de ICMS com o Estado. Nós garantimos o
imposto recolhido e só aproveitamos o crédito sobre a metade que
superar esta meta. Goiás só ganha!”,
afirmou o presidente do Novo Mundo.
“O nosso grupo está sempre
entre os 50 maiores arrecadadores de ICMS em Goiás. Hoje, nossa
carga tributária média é de 5,1% do imposto estadual. Mas em
Estados vizinhos, nossos concorrentes têm carga tributária muito
menor e, em algumas situações, chegam a pagar zero de ICMS pelo
e-commerce”, disse Carlos Luciano.
Carlos Luciano enfatizou ainda
que nunca usou o crédito outorgado recebido pelo Novo Mundo para
investir em outros empreendimentos ou outros estados. “Nunca usamos
crédito outorgado para investimentos em outros Estados ou para
investir em outras empresas, no mercado imobiliário ou no polo
comercial da Região da Rua 44. Temos um contrato com o Estado que
define as regras e o uso dos incentivos, sendo que somos auditados
todos os anos pelo corpo técnico do Estado”, frisou. Destacou
também, que a Novo Mundo nunca negociou créditos, “nunca
compramos e nunca vendemos créditos”.
“As contrapartidas da Novo
Mundo aos incentivos fiscais não se resumem apenas a investimentos e
geração de empregos. Temos realizado investimentos na área social,
como creches para os filhos de nossos funcionários, e em política
de inclusão. Temos 14% do quadro de trabalhadores do Centro de
Distribuição com mais de 50 anos de idade (sendo que a meta junto
ao Estado é de 5%) e temos 8,3% de jovens de primeiro emprego (sendo
a contrapartida prevista de 5%). Cumprimos todas as nossas
contrapartidas”, afirmou o empresário.
“Espero que esta Casa de
Leis aproveite esta oportunidade para esclarecer à população
goiana que o Estado tem uma boa política de incentivos atraindo
novos investimentos e geração de empregos. Goiás
está longe dos principais estados produtores e dos principais
centros consumidores. Então, é necessário haver estímulos para
trazer novas empresas e incentivar as aqui instaladas. Goiás é um
Estado que atrai empresas e não afugenta empresas! Incentivos
precisam ser bons não apenas para as empresas, mas para o Estado e
para os trabalhadores. Precisam ter contrapartidas, gerar
investimentos, empregos e arrecadação”,
concluiu Carlos Luciano na sua apresentação aos deputados. Relator
da CPI, o deputado estadual Humberto Aidar (MDB) reafirmou que a
comissão na Assembleia tem caráter técnico.