Óculos do metaverso podem aposentar computadores
Redação DM
Publicado em 14 de junho de 2023 às 15:29 | Atualizado há 2 anos
Lançado pela Apple na última semana, os óculos “Apple Vision Pro”, especializado em realidade aumentada, tem dado o que falar nas redes sociais. O DM e boa parte da imprensa sequer teve acesso ao modelo, que parece ser um dos gadgets mais caros da atualidade. Mas pelo que se vê, ele poderá fazer o que PCs e notebooks já fazem. Só que nas nuvens. E talvez com um valor mais caro do que se você juntasse um PC de qualidade, notebooks e outros gadgets – como home theater.
Segundo o CEO Tim Cook, os óculos permitem que os usuários interajam com conteúdo digital como se estivessem no mesmo espaço físico, utilizando uma combinação de gestos das mãos, movimentos dos olhos e comandos de voz.
O anúncio acontece em um momento em que o mercado de óculos de realidade virtual passa por uma queda nas vendas globais, o que pode afetar o desempenho do produto da Apple. O metaverso está ainda distante da ‘realidade’. Mas nunca é cedo para iniciar um processo de demanda, diz uma das leis do capitalismo de inovação.
É o primeiro superlançamento de hardware em quase oito anos. Tim Cook, CEO da Apple, descreveu o novo aparelho como combinação do mundo real e mundo virtual. Claro, a empresa supervaloriza seu produto. Mas tem deixado correr pelos ambientes geeks a propaganda espontânea de que os óculos “enxergam o futuro”.
Segundo a Apple, os óculos possuem uma duração de bateria de duas horas. Custará US$ 3.499 nos Estados Unidos, com lançamento previsto para 2024. Com impostos, neste valor, o produto pode chegar a ser vendido por R$ 30 mil no Brasil – valor que compra notebooks, computadores e um óculos de Realidade Virtual.
Comparado aos óculos de realidade virtual atualmente disponíveis no mercado, o preço é bem maior. O mais próximo disso – o Quest – custa US$ 449.
O custo mostra bem a diferença entre quem pode e quem quer o metaverso. O Apple Vision Pro apresenta um design diferente dos óculos semelhantes no mercado, mais parecido com um par de óculos de esqui do que com um dispositivo de realidade virtual.
A Apple utiliza o termo “realidade aumentada” para descrever o novo aparelho, que permite a sobreposição de objetos virtuais no mundo real, misturando elementos do mundo virtual ao campo de visão do usuário. Os usuários poderão acessar aplicativos e assistir a filmes.
Alguns especialistas questionam se o público estará interessado nos óculos devido ao preço elevado e a possíveis limitações, como a bateria separada com fio. Não levam em conta a ‘religião’ por trás da Apple, que tem um histórico de fazer com que as pessoas invistam em seus dispositivos inovadores – não importando o valor.