Política

PC indicia servidores por fraudes em licitações em Inhumas

Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 02:36 | Atualizado há 7 anos

Sete pessoas foram indiciadas por fraudes em duas licitações para a compra de equipamen­tos médicos e odontológicos rea­lizadas pela Secretaria de Saúde de Inhumas, na Região Metro­politana de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, entre elas está Car­los André da Silva, ex-titular da pasta, que é considerado chefe do esquema. “Tudo indica que o chefe era o Carlos André. Em uma houve a fraude para bene­ficiar uma empresa. Na outra, além da fraude para vencer, par­te dos materiais não foi entregue, causando um prejuízo de 25 mil”, explicou o delegado responsá­vel pelo caso, Humberto Teófilo.

As investigações começaram em outubro de 2016, após policiais cumprirem mandados de busca e apreensão na casa do ex-secre­tário de Saúde, pois ele morava com a mãe, a vereadora Vireni Vila Verde (Pros), que era inves­tigada por compra de votos. Ao analisar documentos, os investi­gadores encontraram licitações da pasta. “Encontramos propostas com preços diversos e com a mes­ma numeração da licitação. Então, começamos a investigação sobre a fraude”, explicou o delegado.

FRAUDES

De acordo com a investigação, as duas licitações fraudadas foram realizadas na modalidade carta­-convite, em 2016, e beneficiaram a mesma empresa. Para isso, uti­lizaram de dois meios diferentes.

Ao concluir as investigações, na última segunda-feira (8), o delegado também pediu a pri­são do ex-secretário. “Entende­mos que ele já é contumaz [insis­tente] na prática de crimes, por peculato, desvio de dinheiro pú­blico, corrupção eleitoral, associa­ção criminosa”, enumerou Teófilo.

INDICIAMENTO

Além do ex-secretário, foram indiciados os servidores Rogério Sousa Silva, Edmilson José da Sil­va e Thiago Machado Santana, que integravam a comissão de li­citação do município, e Rodolfo de Morais. Também devem res­ponder pelas fraudes os empresá­rios Renato Rodrigues de Andra­de, dono da empresa fantasma, e Marcos Antônio de Paula, a que te­ria sido beneficiada pelo esquema.

O delegado indiciou os sete pelos crimes de peculato, que se trata de desvio de dinheiro pú­blico, e fraudes em licitações. Se condenados, eles podem pegar de 4 a 12 anos de prisão.

 

 

 

Tudo indica que o chefe era o Carlos André. Em uma houve a fraude para beneficiar uma empresa. Na outra, além da fraude para vencer, parte dos materiais não foi entregue, causando um prejuízo de 25 mil”

Delegado Humberto Teófilo

 


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