Perfil do candidato à presidência que está na cabeça dos brasileiros
Diário da Manhã
Publicado em 14 de março de 2018 às 03:37 | Atualizado há 4 meses
- 72% votam somente emcandidatos que gostam
- 72% preferem candidato que venha de família mais pobre
- 19% têm preferência pelo PT
- 89% querem presidente que conheça os problemas do país
- 77%: presidente com experiência em econômia
- 72% acham importante experiência como executivo
- 79% dizem que o presidenciável deve ser religoso
Uma nova rodada de pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem (13), aponta que, apesar do intenso bombeio de setores da mídia e de setores do judiciário, o PT, do ex-presidente Lula, é o partido político com a maior simpatia entre os brasileiros. De acordo com o levantamento, o PT lidera a preferência ou a simpatia da população, com 19% dos entrevistados. É seguido por MDB (7%) e PSDB (6%). 48% dos entrevistados disseram não possuir preferência ou simpatia por nenhum partido político. A maioria da população brasileira (72%), prefere um candidato a presidente que venha de família pobre, que acredite em Deus (67%) e para 72% é importante que o candidato tenha experiência prévia como prefeito ou governador.
Conhecer os problemas do país é a característica de formação e experiência profissional mais apontada pelos brasileiros como muito importante – foi apontada como de máxima importância por 89% dos entrevistados. A segunda característica mais apontada como muito importante pelos brasileiros (77%), foi ter experiência em assuntos econômicos, seguida de ter boa formação educacional (74%) e ter uma boa relação com movimentos sociais (71%). Já as características de formação e experiência profissional menos apontadas como muito importantes pelos brasileiros foram: ter trabalho no setor público (47%), ter trabalhado no setor privado (40%) e ser militar (27%).
ECONOMIA
Conhecer os problemas do país é a característica de formação e experiência profissional mais apontada pelos brasileiros como muito importante – foi apontada como de máxima importância por 89% dos entrevistados. A segunda característica mais apontada como muito importante pelos brasileiros (77%), foi ter experiência em assuntos econômicos, seguida de ter boa formação educacional (74%) e ter uma boa relação com movimentos sociais (71%). Já as características de formação e experiência profissional menos apontadas como muito importantes pelos brasileiros foram: ter trabalho no setor público (47%), ter trabalhado no setor privado (40%) e ser militar (27%).
Quanto maior o grau de instrução, maior o percentual de citações à estabilização econômica como prioridade para a próxima pessoa a ocupar a presidência. Entre os que possuem educação superior, 23% citam esse fator como prioridade, percentual que cai a 16% entre os que possuem até a 4ª série do ensino fundamental. Em contrapartida, o percentual de citações à moralidade administrativa cai conforme aumenta o grau de instrução: passa de 36% entre os que possuem até a quarta série do ensino fundamental a 30% entre os que possuem educação superior. As mudanças sociais são as mais citadas como prioridade em todos os níveis de instrução avaliados, e não se verifica uma tendência clara de aumento ou redução em relação ao grau de instrução.
PESSIMISMO VS OTIMISMO
A pesquisa CNI/Ibope mostrou, ainda, que 44% dos eleitores se disseram “pessimistas” com a eleição presidencial deste ano, contra 20% dos entrevistados que afirmaram estar “otimistas” com o pleito e outros 22% que disseram não estar nem otimistas nem pessimistas. A pesquisa também revelou que 72% dos entrevistados votam nos candidatos que gostam, independentemente do partido em que eles estejam. Apesar disso, 64% disseram que consideram importante o partido ao qual o candidato à presidência está filiado. O levantamento, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 7 e 10 de dezembro do ano passado.
VOTAR EM QUEM GOSTA
Apesar de a maioria dos brasileiros (64%) concordarem que o partido do candidato à presidência é importante, são 72% os que concordam totalmente ou em parte que votam nos candidatos que gostam, independentemente do partido em que eles estejam. Os que discordamtotalmente ou em parte da afirmativa somam 26%. O grau de concordância é maior em municípios menores: entre os brasileiros que moram em municípios com até 50 mil habitantes, 76% concordam totalmente ou em parte com a afirmativa, percentual que cai para 71% entre os que moram em municípios com mais de 50 e 500 mil habitantes e chega a 68% em municípios com 500 mil habitantes ou mais.
PARTIDO
Entre os brasileiros, 64% concordam totalmente ou em parte que o partido de um candidato à presidência é importante. Entre os que possuem renda familiar superior a cinco salários mínimos, 59% concordam totalmente ou em parte que o partido do candidato à presidente é importante, percentual que aumenta e chega a 72% entre os brasileiros que possuem renda familiar de até um salário mínimo.
FIDELIDADE
Pouco mais de um terço dos brasileiros (36%) vota com fidelidade partidária, isto é, seu voto para senador e deputado vai para pessoas do mesmo partido do candidato que escolheu para presidente. Praticamente seis em cada dez entrevistados discordam totalmente ou em parte que escolhem os candidatos para o legislativo federal do mesmo partido que seu candidato para presidente. A fidelidade partidária também é maior entre brasileiros eleitores com menor grau de instrução. A maioria dos que possuem até a quarta série do ensino fundamental afirmam votar para o legislativo em candidatos do mesmo partido do candidato à presidência, percentual que cai conforme aumenta o grau de escolaridade e chega a 26% dos que possuem educação superior.
PRIORIDADES
Oito em cada dez eleitores (84%) consideram muito importante que o candidato à presidência defenda o controle dos gastos públicos, percentual similar aos que consideram muito importante defender a transparência administrativa (78%). Os que consideram muito importante que o candidato defenda as políticas sociais são 72%.
RELIGIÃO
Praticamente oito em cada dez brasileiros (79%) concordam totalmente ou em parte que é importante que o candidato a presidente acredite em Deus. Esse percentual é menor entre os mais jovens (71%) e entre os que possuem maior grau de instrução (67%). O percentual é maior entre os brasileiros que possuem até a 4ª série do ensino fundamental (89%), os que vivem em cidades menores, com até 50 mil habitantes (84%) e os que residem no interior (82%). Apesar de os brasileiros concordarem totalmente ou em parte que é importante que os candidatos à Presidência da República acreditem em Deus, quatro em cada dez consideram nada importante que um candidato seja da sua religião. Esse fator também foi o menos apontado como muito importante entre as características pessoais dos postulantes ao cargo de presidente, com 29%.
SOCIAL
Na escolha entre mudanças sociais, com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social, estabilização da economia, com queda definitiva do custo de vida e do desemprego, e moralização administrativa, com combate à corrupção e punição dos corruptos, 44% dos brasileiros preferem que o foco do futuro presidente seja promover mudanças sociais. A moralização administrativa é citada por 32% dos entrevistados e a estabilização da economia obtém 21% de citações. Entre as mulheres, 50% elegem as mudanças sociais como prioridade para o futuro presidente, percentual que cai a 39% entre os homens. Eles, por outro lado, priorizam a moralidade administrativa mais do que elas: 38% contra 27%. Entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo, 48% avaliam que a prioridade do novo presidente deve ser mudanças sociais, percentual que cai com o aumento da renda e passa a 39% dos que possuem renda familiar de mais de cinco salários mínimos.
JUVENTUDE
Pouco mais da metade (53%) dos jovens entre 16 e 24 anos quer que o novo presidente priorize as mudanças sociais, percentual cai conforme aumenta a idade do entrevistado, até atingir 40% entre os brasileiros com 55 anos ou mais. Com o aumento da idade, cresce o número de citações à moralidade administrativa: 38% dos que possuem 55 anos ou mais selecionam essa prioridade, percentual que cai a 25% dos que possuem entre 16 e 24 anos.
Ser honesto e não mentir em campanha é considerada como uma característica muito importante em um candidato à presidência por 87% dos brasileiros. Esse fator é ainda mais importante para os mais jovens: entre os que possuem entre 16 e 24 anos de idade, 91% classificaram essa característica como muito importante, percentual que cai conforme o aumento da faixa etária, chegando a 83% entre os que têm 55 anos ou mais.