Pesquisa não traz números definitivos à Casa Verde e ao Senado da República
Diário da Manhã
Publicado em 24 de agosto de 2018 às 05:00 | Atualizado há 4 meses
- Entrevistado aposta na manutenção do status quo, o que lhe traz segurança, diz o peruano doutor da UFG Carlos Ugo Santander
- Se eleições fossem hoje, Ronaldo Caiado ganharia pleito. Como o primeiro turno ocorrerá em 7 de outubro de 2018, cenário pode mudar
- Presidente do PMN, Eduardo Macedo acredita na possibilidade real de Caiado ser eleito, pela Frente de Oposição Unidas Para Mudar Goiás, já no primeiro turno
A pesquisa Grupom/Diário da Manhã retrata apenas um momento da campanha eleitoral de 2018, analisa o sociólogo, graduado na UFG, Lucas Marques Ribeiro. Com o início da propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV, a deflagração dos comícios e o desenvolvimento das carreatas, nos 246 municípios do Estado de Goiás, os índices podem ser alterados ou não, avalia o cientista social. A corrida ao Palácio do Planalto terá, sim, influência, na sucessão estadual, acredita. As decisões do TSE e do STF, em relação ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as estatísticas até hoje, podem mudar o quadro, dispara ele.
O levantamento mostra que Luiz Inácio Lula da Silva larga na pole position ao Palácio da Alvorada. O senador da República Ronaldo Caiado [DEM], da Frente de Oposição Unida Para Mudar Goiás, aparece em primeiro lugar com 38,2% das intenções de votos. O governador do Estado, José Eliton [PSDB], que concorre à reeleição, pela Base Aliada, está na segunda colocação com 11,7%. À frentedodeputadofederaldoMDB, a legendadeMichelTemer, queabocanha, hoje, 10% do percentual dos entrevistados. A professora Kátia Maria [PT] subiu e chega à quarta posição com 5,1%. Marcelo Lira [PCB], 1,2%. PCO,1,2%. Weslei Garcia [Psol], 0,9%.
Graduado em Ciências Sociais, em Lima, Peru, com mestrado no México e doutorado na UnB [Universidade de Brasília], o professor de Ciências Sociais Comparadas, da Universidade Federal de Goiás [UFG], Carlos Ugo Santander, conta que a tendência de votos que aponta Grupom/Diário da Manhã é de linhagem conservadora. O entrevistado aposta na manutenção do status quo, frisa o pesquisador. O que lhe traz segurança, dispara o docente. Mesmo com o seu elevado grau de indignação política com a crise econômica, além do grave quadro de tragédia social e de instabilidade política, atira. A opção por Ronaldo Caiado mostra isso, metralha ele.
A pedagoga Kátia Maria, mestre, vê a pesquisa com cautela. O momento é de apresentação dos candidatos e de projetos, explica. Os índices mostram que 60% dos eleitores continuam indefinidos, afirma. O cenário é de indefinição, crê. A líder petista, que está em quarto lugar, aposta em crescimento, defende o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, insiste que eleição sem o ex-operário metalúrgico é golpe e lembra que apenas com o início e o encerramento da propaganda gratuita em rádio e TV será possível ter um quadro nítido de quem irá para o segundo turno, no Estado, e os favoritos para a corrida ao Senado Federal.
Marcelo Lira, candidato do PCB, o Partido Comunista Brasileiro, legenda da foice e do martelo criada em 25 de março de 1922, como seção brasileira do Komintern, a Terceira Internacional, central mundial da revolução fundada por Vladimir Ilich Ulianov, codinome Lênin, e Liev Davidovich Brontein, ‘nom de guerre’ Leon Trotski, afirma que as eleições no Brasil, de 2018, não são democráticas. Com igualdade de condições para a disputa de projetos políticos, fuzila. Os líderes das pesquisas constituem-se em aliados das oligarquias tradicionais, ao velho baronato econômico e político, vocifera. O PCB crê em crescimento das lutas sociais, frisa.
O policial rodoviário federal, ativista do direitos humanos, operador do Direito e defensor incondicional dos direitos das mulheres, negros, indígenas, sem terras, sem teto e LGBTs, Fabrício Rosa [Psol], candidato à Câmara Alta ou Revisora do Congresso Nacional, o Senado da República, lamenta a ausência de um Estado Democrático de Direito, no Brasil. O líder ‘gauche’ reclama que as eleições não estabelecem condições de igualdade para a disputa democrática. Porta-voz da ‘Izquierda Libertária’, critica a suposta continuidade do abuso do poder econômico no pleito. Mesmo assim, ele espera ser eleito, em 7 de outubro de 2018, nas urnas eletrônicas.
Rádio, TV e redes sociais
A presidente do PCdoB, em Goiás, e deputada estadual Isaura Lemos narra que as propagandas em rádio e TV, além das redes sociais, mudarão o formato das campanhas até então realizadas, no Brasil. Com o número de indecisos, a perspectiva de abstenção, votos em branco e nulos, o eleitor dá um sinal, no Brasil e em Goiás, que fará opção pela mudança, explica. O que traduz que entendeu o claro significado do golpe de 2016, relata. Que depôs, sem crime de responsabilidade, a presidente da República, Dilma Vana Rousseff, para aprovar medidas neoliberais, com o desmonte do Estado, e prender o ex-operário Luiz Inácio Lula da Silva, ataca, indignada.
Se as eleições fossem hoje, Ronaldo Caiado ganharia o pleito, avalia Euler Ivo Vieira. Mas como o primeiro turno ocorrerá em 7 de outubro de 2018, o cenário poderá mudar, acredita. A máquina do Estado já começa a girar, o que revela crescimento, mesmo que reduzido, de José Eliton, destaca. Daniel Vilela pode crescer em 45 dias, calcula. Com o efeito Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad e Manuela D´Ávila, Kátia Maria, da Frente de Esquerda PT & PC do B, reúne condições materiais, imateriais, simbólicas, políticas de chegar à segunda etapa do processo eleitoral, projeta. É a luta de classes, pontua. O resultado, porém, está indefinido, diz
– Os embates estaduais seguirão a valsa da disputa nacional.
Ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás Jardel Sebba, tucano de alta plumagem, admite, hoje, a vantagem de Ronaldo Caiado, senador da República, na corrida à Casa Verde. É possível também uma reviravolta como nas eleições de 1994, dispara. O Tempo Novo possui capilaridade social, cultural e política nos 246 municípios de Goiás, recorda-se. José Eliton não é um personagem popular ainda, conhecido pelos seis milhões de habitantes do Estado, o que ocorrerá com o palanque eletrônico, a atuação na rede mundial de computadores, a realização de comícios, a aceleração das carreatas e atos políticos, fuzila o secretário de Estado
Vice-presidente do Partido Progressista [PP], Sérgio Lucas, o advogado, com especialização na Escola Superior de Guerra [ESG], diz que Ronaldo Caiado lidera, sim, a corrida à Casa Verde. Apesar disso, os números não estariam consolidados, sublinha. O resultado sairá dia 7 de outubro, dispara. Marconi Perillo [PSDB] e Lúcia Vânia [PSB], mesmo com o crescimento de Vanderlan Cardoso [PP], devem ser eleitos, ao Senado, calcula. Jorge Kajuru [PRP] não possui densidade política eleitoral, frisa. Presidente do PMN, Eduardo Macedo acredita na possibilidade real de Ronaldo Caiado ser eleito, pela Frente de Oposição Unidas Para Mudar Goiás, já no primeiro turno.
Arthur Ciro [PMN] crê na vitória incontestável do senador da República Ronaldo Caiado. O engenheiro agrônomo, produtor rural, empresário no meio urbano, Hermes Traldi afirma que os índices mostram que o eleitor quer mudança com segurança, aponta exaustão do Tempo Novo, no poder há exatos 20 anos, e que Ronaldo Caiado ganhará o pleito. A pedagoga graduada pela PUC, mestre em Ciências da Educação e doutora em Educação, consultora da ONU, no sudeste da Ásia, Timor Leste, de Xanana Gusmão, avalia que os números não são definitivos, existe percentual elevado de indecisos, não ocorreu o início da campanha de rádio e TV, avalia ser preciso levar em consideração o peso da máquina do Estado e o efeito nacional. A vereadora Tatiana Lemos [PC do B] aposta na eleição deLuiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad e Manuela D´Ávila, na realização de segundo turno, em Goiás, e vê crescimento de Kátia Maria.