Política

PGR dedica 137 páginas a detalhar ações criminosas de Bolsonaro

Redação Diário da Manhã

Publicado em 15 de julho de 2025 às 11:40 | Atualizado há 8 horas

A Procuradoria-Geral da República (PGR), em documento de 517 páginas, dedicou 137 delas para detalhar a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro na trama golpista, pedindo sua condenação junto a mais sete réus.
O procurador-geral Paulo Gonet qualificou Bolsonaro como “líder da organização criminosa”, “principal articulador”, “maior beneficiário” e autor dos atos mais graves contra o Estado democrático de Direito.
Segundo a PGR, Bolsonaro, durante seu mandato, utilizou o aparato estatal e recursos públicos para disseminar narrativas falsas sobre o sistema eleitoral eletrônico, agindo com dolo para desestabilizar as instituições e o processo sucessório.
Ele teria mobilizado agentes governamentais e setores estratégicos das Forças Armadas para propagar dúvidas infundadas sobre as urnas eletrônicas, instigar instabilidade social e defender medidas autoritárias, com o objetivo de permanecer no poder ilegítima e enfraquecer a democracia.
A PGR destacou que os ataques de Bolsonaro extrapolam críticas legítimas, pois sua posição de chefe do Executivo tem potencial singular para influenciar a opinião pública, tornando suas declarações atos de incitação contra a democracia. O uso da máquina pública, inclusive com transmissão ao vivo em 2021 no Palácio do Planalto e o empregamento irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), reforça a orquestração institucional de tais ataques.
O documento da PGR também citou discursos de Bolsonaro em 7 de setembro de 2021, em Brasília e São Paulo, nos quais atacou autoridades e o sistema eleitoral, não como “arroubos isolados”, mas como parte do plano de corrosão da credibilidade das instituições republicanas.

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