PGR pede condenação de Bolsonaro e de membros do núcleo da trama golpista
Redação Diário da Manhã
Publicado em 15 de julho de 2025 às 05:26 | Atualizado há 48 minutos
O Procurador Geral da República, Paulo Gonet apresentou na noite de ontem, 14, as alegações finais contra o núcleo 1 da trama golpista, e pediu a condenação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e outros sete membros do chamado núcleo 1.
Os ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Neto e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier foram os outros membros que o procurador pediu pela codenação.
Gonet enterou um documento de mais de 500 páginas no qual identifica que o ex-presidente tinha um papel central no plano da tentativa de golpe, com atos que tiveram início em 2021 e terminaram com o ataque às sedes dos Três Poderes no atentado do dia 8 de janeiro de 2023.
O procurador afirma ainda que foram colhidas uma série de provas que justificam o pedido de condenação dos membros do chamado núcleo 1 da trama golpista. Entretanto, Gonet não estipulou o cálculo das penas.
Segundo o documento entregue ao relator do caso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o grupo não era formado apenas por integrantes do governo de Bolsonaro, mas também pelas forças armadas e que seguiu um plano para enfraquecer as instituições e impedir a alternância do poder após a derrota nas eleições de 2022 até mesmo com assassinato de autoridades incluído no plano.
O procurador negou as alegações dos advogados dos réus de que as suposições seriam fragéis para o pedido de condenação dos membros do chamado núcleo 1 da trama golpista. E segundo ele, o grupo em questão fez questão de documentar todas as ações do plano.
Gonet ainda cita que durante o depoimento, Bolsonaro confessou claramente a intenção de uma tentativa de golpe ao afirmar que buscou alternativas para contornar decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) qual as quais ele não concordava.
Os depoimentos dos ex-comandantes do exército e da aeronáutica são citados nas alegações finais do Procurador, e nos depoimentos eles confirmaram segundo a denúncia a existência da minuta do golpe.