Política

“PMDB está abandonado no interior”, afirma Nailton

Redação DM

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 23:07 | Atualizado há 10 anos

O ex-prefeito e candidato a presidente do PMDB goiano,, reclamou ontem que o partido está abandonado no interior do estado. “Há um desmonte do PMDB no interior do Estado. Isso vem de longe, desde 1998, mas se agravou nos últimos dois anos. É grava a situação do partido nos municípios goianos, o que pode comprometer o desempenho do partido nas eleições de 2016 e 2018”.

Segundo ele, a falta de reestruturação dos diretórios municipais, nos últimos anos, contribuiu com a derrota de Iris Rezende ao governo de Goiás, em 2014.

Ele aponta, também, que ameaça de expulsão de 21 prefeitos e de dissolução de diretórios municipais contribuiu com o enfraquecimento do partido no interior. “Afinal, os companheiros estão perdidos no interior, sem orientação e estratégia. A minha candidatura surgiu exatamente para dar oxigenação ao PMDB nos 246 municípios goianos.”

Nailton de Oliveira diz mantém sua candidatura a presidente do PMDB goiano, cuja convenção deverá ser realizada dentro de 90 dias, após a nomeação da comissão provisória estadual, pela direção nacional. “ Com a não realização da convenção, em outubro, sentimos lesados, pois foi feito trabalho forte de mobilização no interior de Goiás. Vamos continuar conversando com nossos companheiros. Vim para mudar. Não era por vaidade, mas porque sou PMDB, tenho história. O PMDB está abandonado no interior”, argumenta.

“Busquei disputar democraticamente. Infelizmente o outro lado achou que não iria ganhar e tomou as atitudes que são de conhecimentos de todos. Lamentável, cumpri rigorosamente o que está no estatuto com todos os requisitos legais. Infelizmente a outra chapa agiu”, afirma.

União partidária

O ex-prefeito de Bom Jardim de Goiás por três vezes ressalta que o momento é de buscar união no partido. No processo de formação de comissão provisória, o ex-presidente do PMDB avalia que é importante a inclusão de diferentes vertentes para conduzir o processo eleitoral. “O PMDB não pode seguir dividido, caso queira chegar competitivo e forte nas próximas eleições. Temos que buscar a unidade interna.”

Nailton de Oliveira, que já foi presidente do diretório estadual do PMDB, diz nada ter contra os deputados federais e estaduais, mas entende ser improdutiva a presença de um deles no comando partidário. “Os parlamentares precisam desempenhar suas funções no Parlamento. Eles não terão tempo suficiente para visitar os 246 municípios e preparar o partido para as eleições municipais do ano que vem.”

Mais uma vez, o ex-prefeito nega que seja “testa de ferro” do ex-governador Iris Rezende e de sua esposa, a ex-deputada Iris Araújo. “O casal Iris/Iris é aliado político no PMDB, mas em momento algum aceitei ser usado por quem quer seja. Entrei na disputa para servir ao PMDB. Foi conclamado pelos companheiros do interior, principalmente pelos prefeitos, vice-prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e primeiras damas, além de membros dos diretórios e comissões provisórias municipais.”

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