Prisão domiciliar surge como cenário mais provável para Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento que pode mudar o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele responde por acusações graves, como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada, que podem resultar em até 43 anos de prisão.

Apesar do peso das acusações, advogados ouvidos pela redação do Diário da Manhã avaliam que a hipótese mais provável é a de prisão domiciliar. O argumento principal é a idade de Bolsonaro, que completou 70 anos, somada a possíveis problemas de saúde. Essa questão abre caminho para que a Corte adote medidas alternativas à prisão em regime fechado, como já ocorreu em casos envolvendo outros ex-presidentes.

Ainda existem dois outros cenários possíveis: a absolvição, total ou parcial, em relação a cada crime; ou a condenação com execução imediata da pena, em regime fechado, caso a sentença ultrapasse oito anos. Porém, ambos são considerados menos prováveis diante do histórico do STF e dos recursos que a defesa poderá apresentar.

Mesmo que seja condenado, Bolsonaro não deve ser levado de imediato a um presídio. A tendência é que, até a análise de todos os recursos, ele permaneça em casa, reforçando a leitura de que a prisão domiciliar é o desfecho mais realista para o ex-presidente.