Programa de Lula foca na Amazônia, fome e Petrobras
Redação DM
Publicado em 22 de junho de 2022 às 15:04 | Atualizado há 3 anos
A nova versão das diretrizes do programa de governo da chapa Lula-Alckmin, cujo conteúdo foi submetido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), deu destaque a temas que viraram alvo de desgaste do governo Jair Bolsonaro (PL) nas últimas semanas, como a Amazônia e a Petrobras.
Atualizado a partir de um texto preliminar apresentado aos partidos aliados no dia 6 de junho, o plano incorporou temas como direito de greve e autossuficiência da Petrobras.
O documento agora enfatiza questões como defesa de patrimônio ambiental e proteção da Amazônia, além de incluir educação laica, liberdade de imprensa e necessidade de debate no Legislativo sobre o direito de acesso à informação.
Engordada com contribuições dos seis partidos que compõem até agora a coligação (PSB, PSOL, Rede, PC do B, PV e Solidariedade), a versão prévia ainda passava por ajustes na noite desta segunda-feira (20).
A divulgação da redação final está prevista para ocorrer em evento da chapa nesta terça-feira (21), em São Paulo, com a presença de Lula e Alckmin.
Presidentes de partidos e representantes de movimentos sociais participarão do ato, em que também será lançada uma plataforma para receber contribuições para o programa de governo.
Nas últimas semanas, a elevação do preço dos combustíveis deixou a Petrobras no centro das críticas a Bolsonaro, assim como a morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips no Amazonas. Nesse cenário, temas ligados à estatal e ao ambiente ganharam destaque no texto do programa petista.
Petrobras
Sobre a Petrobras, permanece a oposição declarada à privatização. Mas, em meio à discussão sobre a disparada de preços de combustíveis que agrava a perda de popularidade de Bolsonaro, foram incluídos detalhes sobre os rumos da companhia em um eventual terceiro governo Lula. “A Petrobras terá seu plano estratégico e de investimentos orientados para a segurança energética, a autossuficiência nacional em petróleo e derivados, a garantia do abastecimento de combustíveis no país”, diz o texto.
O documento defende que a companhia volte “a ser uma empresa integrada de energia, investindo em exploração, produção, refino e distribuição” e frisa um viés sustentável, pregando que a empresa atue também “nos segmentos que se conectam à transição ecológica e energética, como gás, fertilizantes, biocombustíveis e energias renováveis”.