Política

Publicitário contesta declarações de Marino

Diário da Manhã

Publicado em 6 de julho de 2017 às 04:33 | Atualizado há 8 anos

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as contas da prefeitura, no período 2008-2016 colheu, ontem, o depoimento do publicitário Ademir Lima a respeito de um contrato de prestação de serviço no valor de R$ 720 mil reais no ano de 2016, para a realização de assinaturas digitais em escrituras de cerca de seis mil imóveis.

Vereador Jorge Kajuru (PRP) apresentou dois vídeos sobre depoimentos feitos anteriormente. Em oitiva realizada no mês de maio, o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Agenor Mariano afirmou que se recusou a efetuar o pagamento deste contrato porque o mesmo seria ilegal, já que não obedeceu os trâmites legais através do processo licitatório. Na oportunidade, Mariano, que era vice-prefeito à época da contratação dos serviços, afirmou que não possuía qualquer tipo de relacionamento com Ademir Lima e que sequer o conhecia.

No depoimento, Ademir Lima afirmou quer “sempre mantive um bom relacionamento com Agenor Mariano. Houve uma época em que ele até quis me vender uma gráfica que possuía. Como não quis comprar, ele a vendeu para a igreja dele. Por diversas vezes, encaminhei serviços para a gráfica. Foi lá, inclusive, que foram feitos os convites para a festa de quinze anos de minha filha”.

Ademir revelou que uma semana antes da posse de Iris Rezende, esteve com Agenor Mariano no Comitê de campanha, quando solicitou a efetuação do pagamento do referido contrato e que o secretário “garantiu que pagaria”. “No dia de sua posse, estive em seu gabinete na prefeitura, onde encontrei Sebastião Juruna (ex-secretário municipal de Planejamento), na antessala. Entrei junto com Juruna para solicitar o pagamento do contrato”, acrescentando que Mariano “ é analfabeto de pai, mãe e parteira”, e por isso vai entrar na Justiça para receber o que lhe é devido.

Para Zander Fábio (PEN), presidente da CEI, sem querer entrar no mérito da falta de licitação do contrato, o “fato é que o serviço foi prestado. Eu mesmo acompanhei a entrega de mais de quinhentas escrituras, com a anuência dos cartórios. Falar em anular estas escrituras agora é uma irresponsabilidade. As pessoas mais pobres não podem ser penalizadas”.


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