Data-base do servidor municipal gera tensão entre vereadores e Prefeitura de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia enviou ofício à Câmara Municipal, na última terça-feira (9), solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei n. 375/25, que concede a data-base aos servidores do município. O projeto, que estava previsto para ser analisado nesta quarta-feira (10), previa um reajuste equivalente à inflação acumulada entre maio de 2024 e maio de 2025.

De acordo com o Paço Municipal, houve necessidade de adequar a proposta do texto. O reajuste sugerido é de 4,83%, com vigência a partir de 1º de setembro. Conforme o líder do Governo na Câmara, vereador Wellington Bessa (DC), a retirada do projeto ocorreu em função de uma emenda apresentada ao texto. Ele afirmou que a proposta será debatida novamente com os servidores municipais.

Sindicatos e associações de servidores municipais de Goiânia, apresentaram uma proposta de emenda ao projeto de lei com o objetivo de corrigir o índice de reajuste salarial para servidores ativos, aposentados e pensionistas que têm a data-base em maio. Para as entidades representativas, o valor do reajuste deve corresponder à variação do IPCA-IBGE nos 12 meses anteriores, de maio de 2024 a abril de 2025, totalizando 5,53%.

Entretanto, alguns vereadores manifestaram-se contrários à solicitação do prefeito Sandro Mabel (UB). O vereador Coronel Urzêda (PL) afirmou que, desde maio deste ano, vem cobrando o envio do projeto da data-base. “Esse índice de quase 5% não é real, porque a inflação já corroeu cerca de 3%. Estranhei o fato de o projeto ter sido retirado e espero que seja apresentada uma proposta melhor, com a data-base retroativa a 1º de maio”, declarou.

O vereador Willian Veloso (PL) disse compreender a situação e a necessidade de os servidores terem o reajuste aprovado. “É uma classe sofrida. É um direito que eles [servidores municipais] têm. A data-base deveria ter sido enviada em maio. Não é favor, é direito deles. Esperamos que o prefeito reenvie o projeto à Câmara o mais rápido possível”, afirmou.

Segundo o líder do prefeito na Câmara, vereador Wellington Bessa (DC), houve uma apresentação de emenda ao projeto. “Essa retirada tem como objetivo retomar o debate, essa discussão que até então estava pacificada junto à categoria. O intuito é buscar o melhor termo”, explicou.