Relações entre Marconi e Kakay são delatadas na Lava Jato por executivo
Redação
Publicado em 25 de outubro de 2020 às 14:20 | Atualizado há 5 anos
Conhecido por defender políticos envolvidos em escândalos como a Operação Lava Jato, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, foi citado em delação de Carlos Roberto Scorsi, ex-executivo da empresa Hypermarcas, atualmente a Hyper Pharma.
Acostumado a defender, agora ele mesmo passa a ser suspeito dentro da operação.
A reportagem do “DM” não obteve retorno de Kakay para comentar as denúncias veiculadas na imprensa, mas garante o direito ao contraditório do suspeito.
O acordo de delação que tem a citação de seu nome foi finalizado com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Outros três ex-executivos do grupo também participaram da delação que foi homologada pelo ministro Edson Fachin, Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação consta na revista “Crusoé” e teve repercussão em vários órgãos de comunicação do país, como “O Antagonista” e “Jornal Opção”.
Pelo relatado, Kakay, um dos principais defensores de réus da Lava Jato, realizaria operações de repasse de dinheiro da empresa “para o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, de quem é defensor”, conforme o “Opção”.
Kakay já foi citado em outras investigações. A “Folha de São Paulo”, em 17 de junho de 2012, relatou caso em que ele era citado no envolvimento de desvios de dinheiro junto ao ex-governador de Goiás, Marconi Perillo.
Conforme o texto, a empresa Data Traffic S/A (em que Kakay tinha 7,5% de participação e Marcos de Almeida Castro, seu irmão, 7,5% das cotas da empresa) teria recebido a liberação de R$ 3,3 milhões da gestão de Perillo. Segundo a “Folha”, o recurso foi repassado no dia 11 de junho de 2012, horas antes do depoimento de Marconi Perillo na CPI do Cachoeira – rumoroso caso que envolveu políticos goianos.