Saída de ministro preocupa Iris sobre obras do BRT
Redação DM
Publicado em 19 de novembro de 2017 às 03:47 | Atualizado há 7 anos
O prefeito Iris Rezende (PMDB) lamentou, ontem, a saída de Bruno Araújo do Ministério de Cidades, já que, segundo ele, isso pode atrasar ainda mais as obras do corredor BRT Norte-Sul de Goiânia. “Lamentavelmente estava marcada uma audiência com o ministro Bruno Araújo, mas ele saiu. Ele prometeu que iria onde fosse preciso para ir comigo resolver o problema”.
O prefeito, durante entrevista, ontem de manhã, ao chegar para a abertura do Mutirão na Região oeste de Goiânia, lembrou que as obras do BRT estão paralisadas desde julho. “Estou chamando atenção das autoridades. O ministro do Tribunal de Contas entendeu que se há sobrepreço em alguns itens, em outros o valor é mais baixo. Ele deu um parecer favorável. Fica aí discutindo abobrinha, isso não tem nada a ver”, afirmou.
Bruno Araújo se comprometeu em colaborar com o reinício das obras, durante visita que fez a Goiânia para inauguração de moradias do Residencial Nelson Mandela. “O ministro disse que iria comigo onde fosse preciso para destravar o BRT Norte-Sul da Capital”, disse o prefeito.
Iris Rezende adiantou que vai aguardar o presidente Michel Temer nomear o novo titular para a pasta de Cidades para solicitar audiência e pedir empenho para que o BRT seja retomado em Goiânia.
As obras do BRT estão paralisadas desde julho. As ações foram paradas após suspeitas de irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Foi identificado que há sobrepreço em alguns itens. No entanto, o próprio TCU já se manifestou que poderia adotar o Regime de Preço Global, em que valores mais altos seriam compensados em itens com preços mais baixos. A execução do corredor BRT Norte Sul é de responsabilidade das empresas EPC e WVG.
CONVERSAÇÕES
Foi realizada, semana passada, uma reunião entre representantes da Prefeitura de Goiânia e da Caixa Econômica Federal na tentativa de retomar as obras do BRT Norte-Sul. De acordo com o secretário de Infraestrutura e Obras, Fernando Cozzetti, o Tribunal de Contas da União concordou em analisar a obra pelo regime de preço global, assim não haveria sobrepreço em alguns itens e as ações poderiam ser retomadas.
Fernando Cozzetti disse que ajustes recomendados pela Controladoria-Geral da União (CGU) estão sendo feitos para que planilhas sejam apresentadas à Caixa Econômica Federal. “São alguns quantitativos de itens da administração local. Por exemplo, encarregados que tinham na planilha e que estavam com quantidades que poderiam não ser executadas. Como a CGU pediu para fazer esses ajustes, estamos, por exemplo, ajustando a questão do caminhão de seis metros cúbicos para dez metros cúbicos, que é o caminhão utilizado hoje na obra, e também os ajustes da rede de dutos. Então, são pequenos ajustes e o restante são os projetos que vamos apresentar também dessa rede de dutos. Acredito que semana que vem consigamos entregar à Caixa Econômica Federal”, afirmou.