Tucanato paulista pode impedir eleição de Marconi Perillo ao PSDB Nacional
Diário da Manhã
Publicado em 19 de novembro de 2017 às 03:35 | Atualizado há 7 anos
Com Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin, o PSDB de São Paulo, que controla a legenda desde a sua fundação, em 1988, com Mário Covas, é o principal obstáculo, hoje, ao governador de Goiás, Marconi Ferreira Perillo Júnior, para assumir o controle nacional da sigla, na eleição de 9 de dezembro, contra o senador da República, Tasso Jereissati [CE]. A análise é do vice-presidente do PP [Partido Progressista], conselheiro da Agência Goiana de Regulação [AGR] e advogado com especialização em Gestão Estratégica pela Adesg, Sérgio Borges Lucas.
— São Paulo, como polo econômico, impede o desenvolvimento do Centro-Oeste. Na esfera política, o PSDB paulista é hegemônico no partido, desde 1994.
Analista de cenário, o operador do Direito, um dos mais conceituados de Goiás, afirma que o Consórcio de Governos do Centro-Oeste e do Norte, arquitetado pelo Palácio das Esmeraldas, pode alavancar o voo nacional do inquilino da Casa Verde, em 2018, calcula. Caso o projeto presidencial seja inviabilizado, os eleitores de Goiás devem conceder um novo mandato ao Senado Federal a Marconi Perillo, acredita. Com o advogado José Eliton [PSDB], que assume definitivamente o Governo Estadual, em abril de 2018, disputará a reeleição, dispara ele.
EM DISPUTA
— Restarão a vaga de vice, uma ao Senado da República, as suplências e as chapas proporcio nais, para deputado estadual e deputado federal, além da coordenação de campanha.
Presidente do PP em Goiás, Wilder Morais seria uma opção viável para a suplência de Marconi Perillo ou para concorrer à Câmara dos Deputados, em Brasília, Capital da República, sugere. O caminho natural de Roberto Balestra [PP] é a reeleição, crê. Sandes Júnior [PP] deve voltar à Câmara dos Deputados, caso Alexandre Baldy, recém-saído do Podemos, assuma um cargo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, sob a Era Michel Temer [PMDB-SP], explica. A reeleição do ‘amigo da gente’, radialista de sucesso, é trabalhar por sua reeleição, sublinha o advogado.
BASE ALIADA UNIDA
— É fundamental a manutenção da base aliada, como nas eleições de 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, no pleito de 2018. PSDB, PSD, PP, PTB e PR necessitam marchar unificados.
Liberal, seguir das ideias de Friedrich August von Hayek, celebrado economista austríaco nas rodas das altas finanças, Sérgio Borges Lucas quer a redução do tamanho do Estado no Brasil. A sua função é operar apenas em áreas estratégicas, explica. É preciso extinguir ministérios, defende. Mais: cortar cargos comissionados, implantar programas de demissões voluntárias em municípios, estados e União, aprovar a Reforma da Previdência Social, para impedir a implosão com o rombo previdenciário e construir um Estado Mínimo e acabar com a corrupção, atira.