União Brasil e PP rompem com Lula e declaram apoio à anistia de Bolsonaro
DM Redação
Publicado em 2 de setembro de 2025 às 18:53 | Atualizado há 4 horas
A federação União Progressista, que reúne União Brasil e PP, determinou a saída de todos os detentores de mandatos do governo Lula até o dia 30 de setembro. O comunicado estabelece que ministros e parlamentares devem deixar os cargos sob pena de expulsão das legendas.
A medida atinge os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), ambos licenciados de seus mandatos. A nota lida por Antonio Rueda ressalta que a decisão busca coerência e clareza na postura dos partidos.
Apesar da ordem, aliados de Davi Alcolumbre permanecem preservados na Esplanada. Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) e Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, seguem nos cargos por influência política.
Além do rompimento, a federação anunciou apoio a um projeto de anistia que deve beneficiar Jair Bolsonaro e outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas, declarou que a medida será pautada com brevidade e pode avançar ainda durante o julgamento no STF.
O movimento ocorre após falas de Lula que cobraram fidelidade dos ministros e expuseram divergências com dirigentes partidários. O presidente afirmou não manter relação pessoal com Antonio Rueda e relembrou a trajetória de Ciro Nogueira ao lado do governo Bolsonaro. As declarações aumentaram o desgaste político.
Com a saída de União Brasil e PP, a base do governo Lula na Câmara cai para 259 deputados, apenas dois a mais que a maioria simples. A perda de apoio agrava as dificuldades para aprovar projetos e amplia a instabilidade no Congresso.
Foto: Divulgação/Progressistas