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Diário da Manhã

Publicado em 18 de abril de 2018 às 03:22 | Atualizado há 4 meses

Dona Garcita Soyer Balestra aos 95 anos de idade deu um show de vitalidade e lu­cidez ao ser homenageada, segun­da-feira à noite, pelo Clube dos Ma­rimbondos, no Tattersal de Elite do Parque Agropecuário Dr. Pedro Lu­dovico Teixeira, em Goiânia. Mato­grossense do distrito de Cassununga, município de Rosário, onde nasceu em 1923, um ano depois aporta­va em Inhumas, antiga Goiabeira, para nunca mais sair. Nesta cidade fez seus estudos, culminando com o curso de normalista. Casou-se com Nelo Balestra. A união resultou em onze filhos, entre eles o deputado fe­deral Roberto Balestra (PP), 28 netos, 38 bisnetos e seis tataranetos.

O resultado dessa longevidade, dona Garcita resume numa palavra mágica: amor. Ela revela que sem­pre ao deitar no leito para dormir entrelaçava as mãos com a do mari­do, num verdadeiro ritual, apertan­do-as e se beijavam. Roberto confes­sou emocionado à plateia que seu pai quando morreu, sua mãe reve­lou esse segredo. Foram 65 anos de casados. Nelo Balestra, já falecido, foi o primeiro prefeito de Inhumas. Mulher de político, também, tomou o “gosto” pela política. Subir ao pa­lanque é com ela, mesmo. Balestra, o filho deputado, em oitavo manda­to, que o diga. Hoje, além dos filhos, netos, bisnetos, tataranetos, genros e noras, dedica, também, sua frater­nidade aos idosos. Para tanto, fun­dou em 2002, a Associação Eterna Juventude, na cidade de Inhumas.

RAZÃO DOS MARIMBONDOS

A homenagem à dona Garcita partiu de um dos sócios, Enéas Viei­raPinto, doClubedosMarimbondos, umaespéciedesociedadenascidade alguns pecuaristas ligados à Socieda­de Goiana de Pecuária e Agricultura.

Por que marimbondos? Marim­bondo é o nome comum para desig­nar Himenópteros (Hymeno (mem­brana) + ptera (asas)), que são vespas das famílias Vespidae, Pompilidae ou Sphecidae. Existem espécies so­litárias e sociais. Os marimbondos (vespas) solitários fazem seus ninhos das mais diversas formas. Se ataca­do um, o enxame todo parte em sua defesa, aplicando ferroadas. O clu­be teve esse propósito como sím­bolo. Seu intuito é mais para con­gregar as famílias dos associados.

Augusto Zacharias Gontijo, ex­-presidente da SGPA, é o seu atual presidente. Entre seus sócios, en­contram-se o ex-governador Ira­puan Costa Júnior, atual secretário da Segurança Pública; o ex-prefeito de Goiânia, Manoel dos Reis Silva; o deputado federal Roberto Balestra; Fauzi Mussi, entre outros.

HOMENAGEM À GARCITA

Raquel Figuerêdo, irmã de José Eliton, representou o governador em exercício, em decorrência de sua viagem a São Paulo. Raquel en­tregou uma corbeille de flores, à ho­menageada. Na emoção incontida, dona Garcita agradeceu: “Só quero dizer muito obrigado”. Em seguida, discorreu sobre a importância da afetividade na relação a dois. Re­velou ao público presente, cerca de duzentas pessoas, que a “idade avançada não impede o beijo”, ob­servando “ser este um dos segredos do casamento feliz”. A cumplicida­de, em sua visão, deve existir sem­pre. O amor faz com que as pessoas vivam mais e se dediquem também mais à sua família.

Otaviano Ribeiro do Nascimen­to aos 89 anos é um amigo da famí­lia Balestra. E ele estava presente na homenagem à sua “grande ami­ga”. “Inhumas faz toda referência à Garcita”, disse, saudando a home­nageada do Clube dos Marimbon­dos. Lamentou a morte, que consi­derou prematura, do seu marido, Nelo Balestra. Teceu considera­ções sobre a sua bondade, sobre­tudo, na área social.

Foi lembrada a criação que dona Garcita dava a seus filhos. Ela na co­zinha, no tanque lavando roupas, buscando o leite no curral, lecio­nando e participando das peças de teatro. Ela escrevia as peças. Os fi­lhos dando a sua contribuição do­méstica. Segundo Augusto Gontijo, presidente do Clube dos Marim­bondos, “dona Garcita nos deu e nos dá uma lição de vida”.

EM NOME DOS PREFEITOS

Em nome dos dez prefeitos e vereadores presentes, Issy Qui­nan Júnior, prefeito de Vianó­polis, zona da Estrada de Ferro, saudou a homenageada e demais componentes da família Balestra, como “referência de probidade, retidão, fidelidade”. Referindo­-se, especialmente, ao deputado, confessou que seus familiares o acompanham a sua trajetória po­lítica nos últimos 30 anos. E refor­çou pedidos por sua reeleição no pleito deste ano.

O presidente da SGPA, Tasso José Jaime, demonstrou gratidão ao traba­lho de Roberto Balestra na Câmara Federal aos municípios goianos, ao agronegócio e, sobretudo, pelas ex­posições agropecuárias de Goiânia.

REELEIÇÃO DE BALESTRA: FAMÍLIA FICA DIVIDIDA

Ao seu nome ser cogitado para a reeleição de deputado federal, Ro­berto Balestra fez questão de cha­mar sua senhora, Bete, filhas, en­tre outros familiares próximos, para darem sua posição. A família mos­trou-se dividida, com uma das fi­lhas cobrando sua presença mais com “eles”, numa referência inclu­sive aos netos. No “confronto”, Ba­lestra optou pela candidatura à ree­leição. A família se uniu, apesar dos “chorinhos” e o paizão prometeu maior proximidade, em Inhumas.

Lembrou que “nunca foi de fu­gir à luta”, deu o “aceito” e um leve beijo dona Bete sob os aplausos gerais dos convidados, presen­tes no Tattersal de Elite do Par­que Agropecuário de Goiânia. Na verdade, o deputado tem uma atuação forte na bancada ruralis­ta. Ele está sempre próximo dos produtores. Em Inhumas, ele im­plantou um pólo de laranjas e tem fomentando o cooperativis­mo no Estado ao longo dos anos.

Estavam presentes à homena­gem de dona Garcita Balestra, os prefeitos de Petrolina, Dalton Viei­ra dos Santos; Inhumas, vice-pre­feito João Antônio; Jaupaci, Laerte Dourado; Gameleira, Wilson Ta­vares; São João da Paraúna, João Cré-Cré, representado pela pri­meira dama Lucicleire; Vianópo­lis, Issy Quinan Júnior; Palminó­polis, Orizona, Joaquim Marçal; Gameleira, José Denílson; Mos­sâmedes, Divina Lúcia, ex-prefei­ta; Nova América, Fabrício Rodri­gues de Barros, vice-prefeito. Além de lideranças de outras cidades. O prefeito Iris Rezende Machado, de Goiânia, foi representado por Gilberto Marques Neto, presiden­te da Agência do Meio Ambiente.

 



 O resultado dessa longevidade, dona Garcita resume numa palavra mágica: amor. Ela revela que sempre ao deitar no leito para dormir entrelaçava as mãos com a do marido


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