Vitti quer Assembleia focada na cidadania
Redação DM
Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 00:41 | Atualizado há 5 meses
Presidente eleito da Assembleia Legislativa, o deputado José Vitti (PSDB) será empossado, hoje às 10 horas, com presença do governador Marconi Perillo (PSDB) e do novo presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho. A solenidade marca o início dos trabalhos do segundo período da 18ª legislatura. Já as atividades em Plenário serão retomadas no dia 15 de fevereiro.
Além de José Vitti, integram a nova Mesa Diretora os deputados Mané de Oliveira (PSDB), 1º vice-presidente; Henrique Arantes (PTB), 2º vice-presidente; Helio de Sousa (PSDB), 1º secretário; Bruno Peixoto (PMDB), 2º secretário; Lincoln Tejota (PSD), 3º secretário e Humberto Aidar (PT), 4º secretário.
O novo presidente da Assembleia Legislativa promete “transparência, austeridade” e interatividade com o cidadão. “A Assembleia Legislativa, na minha gestão, estará permanente aberta ao cidadão, valorizando e ouvindo todos os segmentos da sociedade”.
O novo presidente da Assembleia Legislativa entende que a forma de manter os deputados em plenário, durante as sessões de terça, quarta e quinta-feira, quando há deliberação, é a através do processo de “conscientização” a ser desenvolvido em cada um deles.
Para Vitti, o corte do ponto, com redução de vencimentos, não resolverá a questão de quórum nas sessões plenárias. “O problema é cultural, temos que mostrar a cada parlamentar a importância de estar em todas as sessões plenárias, sem punição a quem quer que seja”.
Trajetória
Eleito deputado estadual com mais de 35 mil votos em seu primeiro mandato (2010) e reeleito em 2014 com mais de 43 mil votos, José Antônio Vitti, 39 anos, figura entre os dez parlamentares com melhor desempenho nas urnas em 2014. Foi o quarto deputado estadual mais bem votado entre os 41 deputados da Casa de Leis e o segundo mais bem votado do seu partido, PSDB. Em 2015, assumiu a liderança do Governo na Assembleia Legislativa para o biênio 2015-2016. Também foi eleito vice-presidente do PSDB em Goiás em junho do mesmo ano.
Advogado por formação e empresário do ramo de minério por influência dos pais, José Vitti e Marilda Arruda Vitti, assumiu a presidência das empresas da família em 2003. Três anos antes já integrava o Sindicato das Indústrias de Calcário, Cal e Derivados do Estado de Goiás, Tocantins e Distrito Federal (Sininceg), tendo assumido a presidência da entidade em 2006.
Vitti compôs, ainda, o corpo diretivo da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), ocupando a presidência da Câmara Setorial de Mineração. Também foi membro da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal). Integrou o quadro de Agentes de Proteção da Vara da Infância e da Juventude de Goiânia. Criou o Instituto José Vitti, organização não governamental que visa fomentar ações de responsabilidade social no âmbito empresarial.
Nova eleição
O deputado Helio de Sousa (PSDB), que transfere a presidência da Assembleia Legislativa para o deputado José Vitti (PSDB). Eleito em julho do ano passado, Helio renuncia agora ao cargo. A Casa fará uma nova eleição especificamente para a função.
De acordo com a assessoria de imprensa da Assembleia, Helio tomou a decisão “por uma questão de foro íntimo, para desenvolver atuação mais destacada em Plenário ou mesmo nas comissões técnicas da Casa”.
A nova eleição será realizada nesta quarta quarta-feira logo após a cerimônia de posse da Mesa Diretora, às 10 horas. O deputado Julio da Retífica (PSDB) deve ser o escolhido, consensualmente, para ocupar o lugar de Helio de Sousa. (Com informações do Portal Assembleia)
Entrevista José Vitti
Minha posição será de muita interlocução com o Governo. A Assembleia é uma ressonância muito forte daquilo que a sociedade espera, do que a sociedade busca para que nós possamos ter solução para os problemas
A sua personalidade diplomática facilitou muito a articulação com a base aliada e a oposição. Isso o ajudou a chegar à presidência da Assembleia?
– Não tenho dúvida. A minha característica sempre foi essa. Sempre tratei a todos sem diferença alguma, independente de filiação partidária. A forma de me conduzir na Assembleia sempre foi a forma que me conduz em minha vida pessoal, empresarial, de modo a saber que numa eleição à presidência da Casa eu precisaria da oposição também, tanto quanto dos deputados da base aliada. Minha conduta foi tão somente com o intuito de buscar sempre o melhor resultado para o Legislativo, e também para o Governo. Obviamente em muitas das votações sempre precisamos de acordos com as bancadas de oposição e situação.
Mas tudo aquilo que sempre foi pactuado entre nós e a oposição, sempre foi cumprido. E isso estabeleceu uma relação de confiança, uma relação de respeito, mas sobretudo uma relação também de amizade com todos os deputados. Isso, com certeza, contribuiu muito para que eu pudesse chegar à presidência.
Como o senhor avalia a crise financeira que o País enfrenta e como será a postura do senhor diante desse cenário?
– Minha posição será de muita interlocução com o Governo. A Assembleia é uma ressonância muito forte daquilo que a sociedade espera, do que a sociedade busca para que nós possamos ter solução para os problemas. A crise é nacional, talvez seja a maior da história, mas o estado de Goiás se preparou nos últimos dois anos para superar essa crise de uma forma mais branda, e primeiro do que muitos outros estados. Nós temos observado muitos estados com dificuldades tamanha, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Goiás tem cumprindo com suas obrigações no que tange ao funcionalismo público, no que tange à geração de emprego. São resultado de ações elaboradas pelo Governo estadual e encaminhadas para a Assembleia, e os próprios deputados assumiram esse desgaste perante a opinião pública, perante a sociedade. Mas isso agora, nos próximos dois anos, com certeza refletirá uma superação dessa crise com maior serenidade. Então eu vejo que a minha condição vai ser de manter um diálogo aberto, franco, onde a gente possa estabelecer diretrizes de auxiliar também as entidades civis organizadas a fazer o melhor para o povo goiano.
Em seu segundo mandato e já assume a presidência da Casa. Qual a sua expectativa?
– É uma expectativa grande de você ser presidente de um poder. É uma responsabilidade muito grande, mas procurarei implantar aqui tudo aquilo que eu tive como criação pessoal, do que eu aprendi na iniciativa privada, também como líder classista. Quero dividir essa gestão com todos os deputados que aqui estão. Creio eu numa gestão partilhada, uma gestão onde todos possam contribuir. Com certeza o resultado é muito maior. Vejo que a condução feita pelo presidente Helio de Sousa foi muito importante para a minha gestão. Dr Helio assumiu o Poder e introduziu medidas, muitas delas que trouxeram desgaste a ele como pessoa, mas que mostrou resultado perante a sociedade, perante a mídia. É isso que eu vou dar continuidade a uma gestão que foi eficiente, uma gestão de respeito, uma gestão onde o Parlamento voltou a ter uma relação de muita credibilidade perante o povo goiano.
Hélio de Sousa: transparência e austeridade
Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado Helio de Sousa (PSDB) avalia que a gestão da Mesa Diretora do biênio 2015/2016 orientou-se pela transparência, austeridade e segurança jurídica. De acordo com ele, o País passou por grandes transformações nos últimos dois anos, o que exigiu da administração pública maior adequação às cobranças da sociedade e às novidades legislativas.
“A gestão da Mesa Diretora nos últimos dois anos se organizou em torno do tripé transparência, austeridade e segurança jurídica. Havia muita cobrança da população por mudanças no âmbito do Poder Legislativo, no sentido de abrir espaços para uma maior participação popular e uma melhor transparência de suas ações. Procuramos dar este perfil à Assembleia Legislativa. Entendo que conseguimos cumprir os principais objetivos propostos dentro da conjuntura pela qual atravessamos”, afirma Helio de Sousa.
O parlamentar tucano se refere ao contexto nacional do último biênio, marcado por uma severa crise econômica e turbulências políticas. Para Helio de Sousa, as manifestações civilizadas e apartidárias nas ruas indicaram a insatisfação popular com os rumos do País, o que inevitavelmente provocaria uma ampla reflexão sobre o papel da administração pública.
“Sabemos que o biênio 2015/2016 foi um momento ímpar para nosso País. A Mesa Diretora que agora conclui seu mandato procurou ouvir os gritos das ruas e interpretar a manifestação das pessoas.
Novas bancadas da Assembleia Legislativa
A Assembleia Legislativa começa 2017 com duas novas bancadas, em efetivação de suplentes, em razão das eleições municipais e decisões judiciais: PDT e PRB surgem nesta Legislatura.
Efetivado na vaga do deputado Renato de Castro (ex-PT, hoje no PMDB), que se elegeu prefeito de Goianésia, o deputado Karlos Cabral reativa a bancada do PDT na reabertura do segundo período da 18ª Legislatura da Assembleia Legislativa de Goiás.
Outra nova bancada, a do PRB, também ganha representatividade no plenário com a posse do deputado Jefferson Rodrigues, que substituiu o deputado Santana Gomes (PSL) por determinação do Tribunal Regional Eleitoral em razão de recontagem dos votos na eleição de 2014.
Karlos Cabral tem domicílio eleitoral em Rio Verde e ficou na 1ª suplência do PT em 2014, após obter 15.254 votos. Em 2016, filou-se ao PDT para disputar a prefeitura local, mas não logrou êxito.
Jefferson Rodrigues é natural de Goiânia e obteve 36.369 no pleito de 2014, pelo PRB. Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, ele foi assessor especial e secretário extraordinário do governo de Marconi Perillo (PSDB).
Outras bancadas
Com a chegada do PDT e do PRB, a Assembleia Legislativa começa 2017 com 18 bancadas, a saber:
PSDB – (13 deputados): Carlos Antonio, Daniel Messac, Francisco Oliveira, Gustavo Sebba, Helio de Sousa, Iso Moreira, José Vitti, Júlio da Retífica, Lêda Borges, Manoel Oliveira, Marquinho Palmerston, Nédio Leite e Talles Barreto.
PMDB – (4 deputados): Bruno Peixoto, José Nelto, Paulo Cezar Martins e Wagner Siqueira. Observação: o suplente Clécio Alves tem prazo até 3 de fevereiro para decidir se assume a vaga de Ernesto Roller, eleito prefeito de Formosa. Caso faça opção pelo mandato de vereador em Goiânia, o suplente Lívio Luciano será efetivado.
PT – (3 deputados): Delegada Adriana Accorsi, Humberto Aidar e Luís Cesar Bueno.
PSB – (3 deputados): Diego Sorgatto, Lissauer Vieira e Marlúcio Pereira.
PR – (3 deputados): Álvaro Guimarães, Cláudio Meirelles e Dr Antonio Moraes.
PSD – (2 deputados): Lincoln Tejota e Francisco Júnior.
PTB- (1 deputado): Henrique Arantes.
PRTB – (1 deputado): Charles Bento
PMN – (1 deputado): Eliane Pinheiro
PCdoB – (1 deputado): Isaura Lemos
PHS – (1 deputado): Jean Carlo
PSL – (1 deputado): Lucas Calil
PRP – (1 deputado): Major Araújo
Pros – (1 deputado): Sérgio Bravo
PSC – (1 deputado): Simeyson Silveira
PPS – (1 deputado): Virmondes Cruvinel
PDT – (1 deputado): Karlos Cabral
PRB – (1 deputado): Jefferson Rodrigues