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Além de microcefalia Zika pode causar hidropsia fetal

Uma pesquisa feita por pesquisadores brasileiros e americanos da Universidade de Yale, Universidade do Texas, Universidade Federal da Bahia, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Hospital Geral Roberto Santos, mostrou que além da provável relação com a microcefalia, o Zika vírus pode também causar também Hidropsia Fetal, uma condição grave que ocorre quando há o acumulo de fluido em duas ou mais partes do corpo do feto.

O artigo, publicado pela revista “PLOS Neglected Tropical Diseases”, informa o caso de uma baiana, de 20 anos, que deu a luz a uma menina, nascida morta, diagnosticada com microcefalia e hidropsia fetal. O bebê tinha liquido nos pulmões, tórax, abdômen e sob a pele. Esta é a possível primeira ligação do vírus a problemas fora do sistema nervoso central.

Ao examinar as ultrassonografias feitas no Hospital Geral Roberto Santos, os pesquisadores descobriram que, no terceiro trimestre da gravidez, o bebê possuía: Microcefalia severa; Hidranencelafia, quando o cérebro é substituído por líquido; Calcificações no crânio e lesões destrutivas no cérebro. Ainda que o feto possuísse características que indicam a presença do Zika, a mãe alegou não ter tido nenhum sintoma da doença.

Após a 32ª semana de gestação, quando o feto já fora tirado morto do organismo da jovem, os pesquisadores encontraram um vírus com características similares ao que circula o país nos tecidos fetais do bebê. Mesmo com os relatos, os pesquisadores lembram que é necessário tomar cuidado com a interpretação do caso, já que não houve outro semelhante.

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