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Unidade de saúde distribui kits de medicamentos com cloroquina, em Fortaleza

Uma unidade de saúde particular de Fortaleza (CE), passou a distribuir um coquetel de medicamentos, incluindo a cloroquina e a ivermectina no tratamento de pessoas infectadas com covid-19. Mesmo sem a eficácia comprovada, os kits começaram a ser distribuídos pela Unimed Fortaleza na última terça-feira (19).

Para retirar a medicação, o paciente ou um representante autorizado por ele deve apresentar o receituário médico de controle especial, que vale durante 10 dias, cartão da Unimed Fortaleza, termo de consentimento assinado pelo paciente e um documento oficial com foto, todos do beneficiário. O protocolo é criado exclusivo para os clientes do plano de saúde.

O paciente não poderá receber outro kit caso já tenha sido internado no hospital e recebido medicação durante o tratamento. A unidade conta com 15 mil tratamentos de cloroquina e 15 mil de ivermectina, que serão distribuídos dependendo da prescrição médica. "Se tiver prescrito apenas um dos medicamentos, o paciente recebe um", esclarece a rede.

O presidente da Unimed Fortaleza, Elias Leite, afirma que o protocolo foi criado com todos os cuidados e os médicos foram orientados sobre como prescrever essas medicações. Segundo Leite, há possibilidade de realizar eletrocardiogramas, se for necessário, e acompanhamento por telemonitoramento.

São 126 leitos de UTI exclusivos para o tratamento de covid-19 com centro cirúrgico e salas de recuperação, com 10 leitos cada um para cuidados intensivos, na Unimed. Além disso, segundo o convênio médico, o hospital de campanha está funcionando com capacidade máxima e que todos chega ao limite de atendimentos de pessoas com sintomas de síndromes gripais.

Os produtos serão entregues somente para pessoas maiores de 18 anos que terão direto a um kit de medicamentos para cada paciente, que é pessoal e intransferível. Serão retirados no Hospital Unimed ou nas Clínicas Unimed da capital.

Distribuição de medicamentos na rede pública

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) afirmou, em nota, que "a prescrição deverá ser feita por decisão do médico com o paciente e com familiares, quando for o caso, com a devida explicação sobre efeitos colaterais, esclarecimento da ausência de evidências seguras e obrigatoriamente com obtenção de termo de consentimento informado e registro em prontuário".

Além disso, a Sesa reconhece que não existe comprovação da eficácia das substâncias no combate à contaminação e disseminação da doença e a pasta afirma que "o tratamento domiciliar e a automedicação são, portanto, contraindicados".

O governador do Ceará, Camilo Santana, alegou que o uso da cloroquina só é permitido com a recomendação do médico. Segundo ele, as decisões que o Estado tem tomado são relacionadas nas questões técnicas e científicas e acredita que a política deve estar fora de qualquer contexto neste momento de enfrentamento à pandemia.

*Com informações da Terra

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