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Profissional do Hugo publica artigo sobre fatores de risco para doenças cardiovasculares

Um artigo científico da tutora de nutrição do Programa de Residência Multiprofissional em Urgência e Trauma do Hospital Estadual de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), a mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal de Goiás (UFG) Daianna Lima da Mata, foi publicado na revista científica Nutrition, considerada tipo A1 na área de Nutrição.

O estudo “Determination of genetic scores to estimate disturbances in circulating lipid profile biomarkers of adolescents: A preliminary report” (Determinação de escores genéticos para estimar distúrbios nos biomarcadores do perfil lipídico circulante de adolescentes: um relatório preliminar) buscou o desenvolvimento de pontuações (escores) genéticos com base em polimorfismos relacionados ao metabolismo do lipídio.

“Queríamos verificar se, de acordo com o aumento do escore, nos pacientes com pontuação maior tinham realmente concentrações mais desfavoráveis de frações lipídicas”, explica Daianna. O estudo foi desenvolvido com 113 adolescentes brasileiros com idade entre 10 e 19 anos que apresentavam fator de risco para doenças cardiovasculares.

A pesquisa incluiu a análise de 20 polimorfismos (variações de fenótipos) ao metabolismo dos lipídios (moléculas orgânicas insolúveis em água e solúveis em substâncias como o álcool conhecidas como gorduras). “Fizemos uma codificação para atribuir a pontuação do escore”, detalha a profissional do Hugo.

Modelo observado

“A tabela desenvolvida no estudo aponta a média de pontuação para avaliar colesterol total, triglicerídeos, HDL, LDL e LDL minimamente modificada. São classificações de zero a dez. Quem tinha zero, não apresentava qualquer alelo de risco. Quem tinha dez tinha todos. Percebemos nessa população uma média de 4,4 pontos.”

Nos resultados do estudo, Daianna observou que, para algumas frações de lipídios, os adolescentes que apresentavam maior pontuação – maior presença de alelos de risco – tinham alterações significativas nos biomarcadores. “Percebemos que essas pontuações podem ser utilizados na prática clínica para direcionar intervenções e, assim, reduzir o risco de doenças cardiovasculares.”

No painel criado para a pesquisa, que inclui 20 polimorfismos que compõem o modelo de pontuação utilizado, o que confirma a participação da genética no fenótipo e sua contribuição para o desenvolvimento de doença cardiovascular.

Rotina no Hugo

As atividades de pesquisadora da mestre em Nutrição e Saúde pela UFG se dividem com a orientação de residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Urgência e Trauma do Hugo.

“A residência é uma especialização padrão ouro. Porque a residência se caracteriza de 80% prática e 20% teórica. O tutor é um facilitador do processo de aprendizagem. Cabe ao tutor favorecer a construção do aprendizado dos residentes e fazer a capacitação dos preceptores, que são também quem vai acompanha-los nesse aparato prático”, descreve a rotina no hospital.

No caso de Daianna, que é uma tutora, ela fica responsável pelas pesquisas que são desenvolvidas na residência com aulas e ensinamento de como aplicar os conhecimentos na prática hospitalar. “O Hugo tem a residência médica, a multiprofissional e a uniprofissional. Na multiprofissional temos residentes de áreas da saúde como fonoaudiologia, fisioterapia, serviço social e nutrição.”

Daianna explica que fica responsável pela tutoria dos residentes do núcleo de nutrição na Residência Multiprofissional em Urgência e Trauma do Hugo. “Esse residente vai fazer desde o atendimento, o acompanhamento de pacientes que estão na clínica médica, cirúrgica, geriatria. Também vai atender na UTI. O residente vai atender, avaliar, prescrever e cuidar de pacientes, além das aulas e do desenvolvimento de um trabalho de conclusão de curso.”

O residente do Hugo cumpre uma carga horária de 60 horas semanais, com rotinas de 12 horas, geralmente no hospital.

Profissional qualificado

“O residente que passa por uma residência no Hugo sai um profissional muito qualificado. Ele tem a oportunidade de ter uma qualificação com excelência, dado o perfil do hospital, do perfil de pacientes admitidos e das internações.”

Para Daianna, quem tem a oportunidade de se capacitar profissionalmente em uma residência no Hugo tem a condição de se tornar um profissional de saúde muito hábil a trabalhar no nível mais alto de qualidade. “É uma grande oportunidade de aprimorar e construir bastante aprendizado”, observa a tutora da residência no núcleo de nutrição.

Ao fim da entrevista, Daianna fez questão de destacar que “sempre vai ser uma grande satisfação trabalhar no Hugo”. “Me sinto muito honrada em construir a história da minha vida nesse hospital.” A mestre em Nutrição e Saúde se diz encantada com o Hugo, com a residência. “A gente também aprende muito quando ensina. Tudo isso é muito grande para mim, me deixa muito satisfeita”, enaltece Daianna.

Parceiros de pesquisa

Também é assinado pelos pesquisadores Alexandre Siqueira Guedes, da Escola de Agronomia da UFG, Dulcineia Saes Parra Abdala, da Escola de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Maria Aderuza Horst e Cristiane Cominetti da Nutrição da UFG.

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