A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, em inglês), recomenda que homens gays e bissexuais sejam vacinados contra a varíola dos macacos, no intuito de controlar o surto da doença. Entretanto, o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS England) deve definir detalhes sobre pessoas que têm maior risco de exposição ao vírus.
A agência alerta que qualquer pessoa pode ser infectada, mas que o risco é maior entre homens gays, já que dados demonstram níveis mais altos de transmissão “nas redes sexuais de homens gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens”.
Foram confirmados 793 casos da varíola até segunda-feira, 20. Foi realizado um questionário com 152 pessoas, destas, 151 se declaravam como gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens (GBMSM).
Até o momento, não existe uma vacina licenciada na Europa ou no Reino Unido contra a doença, a recomendação, portanto, é de que seja utilizado o Imvanex, imunizante aprovado no combate a varíola (smallpox).
A chefe de imunização da UKHSA, Mary Ramsay, ressalta que a expectativa com tal medida seja de "quebrar as cadeias de transmissão e ajudar a conter o surto”.
"Embora a maioria dos casos seja leve, a doença grave pode ocorrer em algumas pessoas", afirmou.
Sintomas
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas, que duram de 14 a 21 dias, são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Também há erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e crostas.
No Brasil
Até o momento, o Brasil registra 14 casos da doença. Em São Paulo, dez pessoas infectadas, quatro no Rio de Janeiro e duas no Rio Grande do Sul. Os primeiros onze casos se infectaram no exterior, já os cinco novos casos registrados em São Paulo e no Rio de Janeiro no Brasil, o que confirma a transmissão comunitária da doença.
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