Saúde

Cora começa a funcionar com tecnologia inédita no país e foco em atendimento humanizado

Redação Diário da Manhã

Publicado em 10 de junho de 2025 às 07:25 | Atualizado há 22 horas

Foto: Cristiano Borges, André Saddi e Rômulo Carvalho - Governo de Goiás emprega tecnologia de ponta no tratamento oncológico: “Nenhum hospital privado no país dá essas mesmas condições de atendimento e de procedimentos como nós estamos dando às crianças”, destaca o governador Ronaldo Caiado
Foto: Cristiano Borges, André Saddi e Rômulo Carvalho - Governo de Goiás emprega tecnologia de ponta no tratamento oncológico: “Nenhum hospital privado no país dá essas mesmas condições de atendimento e de procedimentos como nós estamos dando às crianças”, destaca o governador Ronaldo Caiado

A capacidade de diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes instalada no Complexo Oncológico de Referência do Estado (Cora) é um marco para a saúde pública, com equipamentos inéditos no país. A unidade, que recebeu os primeiros pacientes nesta segunda-feira (9/6), dispõe de R$ 63,2 milhões aplicados em itens de alta tecnologia, como aparelho de ressonância magnética para imagens durante cirurgias e sistemas de robótica para reabilitação de pacientes.

“Nenhum hospital privado no país dá essas mesmas condições de atendimento e de procedimentos como nós estamos dando às crianças do SUS”, afirmou o governador Ronaldo Caiado ao mencionar os aparelhos adquiridos para garantir assistência médica de alta complexidade. O chefe do Executivo acompanhou a chegada de 12 crianças que foram admitidas para tratamento oncológico na unidade.

Um dos destaques é a ressonância magnética de altíssima resolução que está integrada ao centro cirúrgico. O equipamento oferece imagens para orientar a remoção de tumores de forma precisa. Mediante a compatibilidade da mesa cirúrgica, a equipe médica pode realizar exames durante procedimentos operatórios, deslocando o paciente entre os ambientes integrados. “Temos aqui a precisão da ressecção de um tumor, em que ele tem uma sala acoplada a um scanner. Algo que é inédito, poucos hospitais no mundo têm”, afirmou Caiado.

O investimento do Governo de Goiás para adquirir o aparelho foi de R$ 6,9 milhões. “Essas duas salas juntas custam três vezes mais que um centro cirúrgico convencional, mas é o único jeito tirar 100% um tumor”, afirmou Henrique Prata, presidente da Fundação Pio XII, entidade responsável pela gestão do hospital. Ele enfatizou a prioridade da gestão Caiado em viabilizar um atendimento ímpar no Brasil com maiores chances de cura. “É um sonho fazer isso aqui, oferecer essa precisão”, afirmou.

Outra aposta foi a compra de dispositivos de robótica para reabilitação neurológica e motora dos pacientes do Cora. Com tecnologia de ponta, os pacientes têm acesso a itens como o Lokomat, um exoesqueleto robótico que oferece suporte físico para as pernas, permitindo que o paciente se levante e caminhe com maior segurança.

O recurso da realidade virtual e aumentada também é aplicado com a C-Mill, uma esteira sensorizada que usa gamificação e torna a reabilitação mais lúdica, especialmente para pacientes pediátricos. Outros sistemas de robôs como Andago, Armeo Power e Armeo Spring completam o conjunto que recebeu R$ 7,6 milhões em verbas.

Transplante de Medula

A ala de Transplante de Medula Óssea (TMO) é outro ponto de inovação do Cora. O setor dispõe de camas hospitalares vinculadas a colchões terapêuticos de alta tecnologia. São equipadas com balança integrada para o monitoramento contínuo do peso dos pacientes acamados, sem necessidade de deslocamento. Também possuem sensores de movimento programáveis, com emissão de alerta para movimentos. O tratamento de ar e a climatização também foram executados com itens de ventilação e exaustão que asseguram maior qualidade do ambiente.

Com aporte de R$ 355 mil, o Cora também dispõe de microscópio que permite o uso simultâneo, sendo compartilhado por 10 profissionais. O fator é favorável a diagnósticos colaborativos em tempo real e discussão de casos complexos. Duas unidades de cicloergômetro de leito – aparelhagem similar a bicicleta ergométrica – estão disponíveis para atender pacientes acamados ou em cuidados intensivos, promovendo estímulo à circulação sanguínea e prevenção de atrofias musculares. O valor da aquisição girou em R$ 420 mil.

Além disso, foram investidos R$ 575 mil em simuladores de treinamento clínico para capacitação contínua de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais, com foco em segurança e precisão assistencial. Entre os instrumentos de ponta, também está o Lyse Wash Assistant (LWA-BD), um aparelho que automatiza a preparação de amostras para análise de células, visando diagnóstico e monitoramento de doenças como leucemias e linfomas.

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