
A indústria de games quer avançar em um filão ainda mais lucrativo do que seu próprio nicho: a indústria farmacêutica. É isso mesmo que você leu: os games podem se transformar em remédios. Imagine, então, você, após sair de uma clínica médica no setor Aeroporto, tradicional setor de hospitais, em Goiânia, com a prescrição de alguns remédios físicos e reais e outros digitais-virtuais em mãos. A Federal and Drug Administration (FDA), poderosa entidade de vigilância sanitária americana, a Anvisa dos EUA, aceitou a 'prescrição' de um jogo para tratar Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças entre 8 e 12 anos. A primeira experiência ocorreu com o "EndeavorRX", jogo de corrida da Akili Interactive. A empresa obteve a aprovação para uso do jogo paralelo aos tratamentos com prescrição médica e tornou-se a vitrine de uma suposta nova era da medicina. A FDA autorizou, inclusive, o uso de propagandas do "EndeavorRX", mas existe ainda bastante discussão quanto à eficácia do "remédio digital". Uma série de artigos científicos tem questionado o novo produto, que está anunciado desde 2020. A Akili tem procurado comprovar a validade do game desde 2015, através do planejamento e debate sobre a novidade. São estudos quantitativos e qualitativos. A comunidade científica teme (com razão) que seja mais uma jogada do capitalismo financeiro, que deseja despejar dinheiro em modismos ultrarentáveis. Já existiria um acordo entre a empresa e a Roblox Corporation em busca de tratamentos médicos através de novas interfaces digitais. A novidade deverá se conectar com o metaverso e novas tecnologias, como o 5G. As configurações iniciais da pesquisa indicam que existe campo para novos produtos que atendam pessoas com depressão e lúpus.
Dm jogou

O jogo para celular é bastante semelhante aos games 3D da geração Nintendo 64 (tipo “Mario Kart”). Tem percurso bem desenhado e razoável jornada colorida-divertida. O que existe de bom: programação limpa e fácil acessibilidade. O game design é profissional. De ruim: para uma pessoa comum não se evidencia a terapêutica e sua função. Percebe-se que a criação motiva o player a decidir caminhos, realizar escolhas e desenvolver o foco - ou seja, controlar a atenção.
Mas, definitivamente, é necessário um debate maior entre médicos, cientistas que desenvolveram o game e os criadores. A melhor opinião, portanto, deve ser dada por médicos e pacientes.