Saúde

Filha acusa hospital de negligência após perder pai e mãe em minutos em Goiás

DM Redação

Publicado em 27 de setembro de 2025 às 16:21 | Atualizado há 2 horas

De acordo com a filha, a mãe foi encaminhada para a enfermaria, mas não recebeu atendimento imediato
De acordo com a filha, a mãe foi encaminhada para a enfermaria, mas não recebeu atendimento imediato

A jovem Ghenyffer Lowrrany Fernandes, de 26 anos, acusa uma unidade de saúde de Corumbá de Goiás de negligência no atendimento à mãe, Cleonice Coelho Furtado de Sousa, de 53 anos. O caso ocorreu há 1 ano e 5 meses, quando Cleonice sofreu um infarto minutos após a morte do marido, Genismar Fernandes, conhecido como “Graia”, vítima de ataque cardíaco.

O boletim registrado na Polícia Civil aponta possíveis irregularidades no atendimento, ao incluir omissão de socorro, falhas no preenchimento de prontuário e relatos sobre a exposição dos corpos do casal. Segundo Ghenyffer, a mãe chegou consciente ao hospital, embora debilitada, com histórico de doença renal, diabetes e hipertensão.

De acordo com a filha, a mãe foi encaminhada para a enfermaria, mas não recebeu atendimento imediato. O médico de plantão teria se afastado após breve conversa, ao ignorar a queixa de falta de ar. O primeiro auxílio partiu de um acompanhante de outro paciente, já que enfermeiros não estavam na sala.

Momentos depois, Cleonice sofreu parada cardíaca. Ghenyffer relatou que implorou pela intervenção médica, mas o profissional teria se limitado a observar. A mãe apertou a mão da filha antes de morrer, enquanto a equipe só se aproximou após a retirada da jovem do quarto.

Câmeras de segurança mostram Cleonice quando chega ao hospital com dificuldade para andar, amparada pelos filhos. Nas imagens, ela aparece ao ser levada a um dos quartos, onde faleceu pouco depois.

No dia seguinte, a família foi informada de que os corpos do casal teriam sido colocados lado a lado em uma sala e expostos a comentários de funcionários. Também circulou a notícia de que imagens teriam sido compartilhadas na internet, mas Ghenyffer afirma não ter tido coragem de vê-las.

A jovem destacou ainda que o prontuário da mãe não foi preenchido pelo médico, mas por terceiros, que não presenciaram o óbito. O documento só foi disponibilizado à família 30 dias após a morte.

Foto: Reprodução

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