Saúde

HEI realiza primeira captação de órgãos

Redação Diário da Manhã

Publicado em 6 de junho de 2025 às 12:27 | Atualizado há 12 horas

O Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos (HEI) realizou, nesta quinta-feira, 4 de junho, a primeira captação de órgãos da unidade. O procedimento marca um momento importante para a unidade de saúde, ao transformar a dor da perda em esperança para outros pacientes.

O doador foi um homem de 49 anos, que teve diagnóstico de morte encefálica após sofrer uma queda de cavalo. Seriam captados rins, córneas, fígado e coração. Entretanto, os médicos identificaram alguns problemas no curso da captação e ao final somente as córneas permaneceram em Goiás para serem transplantadas.

A ação contou com o apoio da Central Estadual de Transplantes e envolveu equipes médicas especializadas, garantindo que todo o processo ocorresse com respeito, segurança e agilidade. Segundo o médico Agnaldo Júnior, diretor técnico do HEI o primeiro transplante é um atestado de boas práticas de toda a equipe assistencial porque significa um alto grau de maturidade para lidar com um caso complexo como esse.

Nas últimas semanas as equipes passaram por capacitação para identificar possíveis doadores para captação de órgãos. Logo que há uma possibilidade uma equipe multiprofissional entra em cena para abordar a família e conseguir o aceite da doação dos órgãos, após o protocolo de morte encefálica.

“Toda a equipe do HEI merece aplausos. Para que um transplante ocorra é necessário grande empenho de toda a instituição, o protocolo é rigoroso, são várias frentes que tem que funcionar em harmonia, com agilidade e precisão, e essa organização já coloca o hospital em outra categoria de assistência”, comentou o diretor.

Ele lembrou ainda que esse um marco para hospital e para a cidade, e a expectativa é que vire uma rotina. “É uma vida que se vai, mas que deixa um rastro de amor e gratidão na vida das famílias que tem seus entes queridos aguardando uma oportunidade se ficar um pouco mais por aqui”.

Antes da retirada dos órgãos e depois de todo o preparo do campo cirúrgico há uma cena comovente e de grande significado: a uma conclamação do cirurgião líder do processo todos cessam suas atividades e fazem um reverente minuto de silêncio em respeito ao paciente doador dos órgãos.

É uma cena impactante e que retrata o alto grau de profissionalismo dos médicos e demais profissionais que participam de todo o processo.Hélmiton Prateado – HMTJ (texto e fotos)

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