Hugo implanta projeto “Quem sou eu?” nas UTIs
Diário da Manhã
Publicado em 25 de junho de 2020 às 19:41 | Atualizado há 4 meses
Indicada para pacientes graves, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são uns dos espaços mais complexos de um hospital. Para humanizar o atendimento e diminuir os efeitos negativos da internação, o Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) criou o projeto “Quem sou eu?”.
A ação busca resgatar a identidade de cada um dos pacientes por meio de uma coleta de informações sobre a história de vida deles. São informações como o nome que o paciente gosta de ser chamado, data de nascimento, música e assuntos favoritos, o que gosta de comer, se tem bicho de estimação. Tudo é escrito em uma folha A4 que fica ao lado do leito. Com esse conhecimento o sobre o paciente, a equipe médica da UTI estabelece vínculos e assim fornece um tratamento melhor.

“Com o “Quem sou eu?” nós continuamos as ações humanizadas no Hugo. Nós queremos trabalhar na unidade com o paciente como sujeito único e personalizado. Com o projeto, as relações entre paciente e equipe de saúde se estreitam. Quando você sabe quem é o paciente, o que ele gosta é um ato de humanização”, explica Letícia.
Para humanizar o atendimento é necessário individualizar a assistência de acordo com as necessidades de cada um. Quando o paciente é internado, ele deixa de ser uma pessoa e passa a ser conhecido pelo seu número do seu leito. Pensando nisso, em reverter essa situação a equipe multiprofissional do Hugo, coordenado pela psicóloga Letícia Vieira, em parceria com a gerente assistencial Janine de Paula desenvolveram o projeto “Quem sou eu?”.
“Os pacientes conscientes vão passar as informações, e os que estão inconscientes a equipe multiprofissional faz uma busca com a família. A ação vai ser permanente e realizada com todos pacientes admitidos nas UTIs do Hugo”, ressalta a coordenadora multiprofissional.
O projeto também tem o intuito de exercitar a empatia entre a equipe. O “Quem sou eu?” faz com que o profissional se aproxime, realizando assim, um cuidado centralizado e individualizado, resgatando as preferências do paciente, proporcionando uma melhor assistência.
“A equipe da psicologia do Hugo é extremamente humana e sempre aposta nesses projetos, ela faz sempre além do que é proposto. O foco é o paciente como sujeito único”, finaliza Letícia.