Implante contraceptivo se torna obrigatório em planos de saúde
DM Redação
Publicado em 2 de setembro de 2025 às 07:25 | Atualizado há 8 horas
Desde segunda-feira (1º/09), os planos de saúde devem oferecer cobertura obrigatória para o implante subdérmico contraceptivo Implanon. A decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) beneficia mulheres entre 18 e 49 anos como método de prevenção à gravidez não planejada.
Paralelamente, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição do Implanon pelo Sistema Único de Saúde. O governo federal investirá R$ 245 milhões para distribuir 1,8 milhão de unidades até 2026, sendo 500 mil ainda este ano.
O implante atua por até três anos no organismo sem necessidade de intervenções periódicas. Considerado um contraceptivo reversível de longa duração (Larc), apresenta eficácia superior a métodos que dependem de uso contínuo ou aplicação correta pela usuária.
A medida visa reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% entre mulheres negras até 2027. O acesso ampliado a contraceptivos de longa duração alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
No mercado privado, o Implanon custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. A inclusão nos planos de saúde elimina a barreira financeira para usuárias do sistema privado, enquanto o SUS garante acesso universal ao método.
Foto: Rogério Capela/ PMC