Especialistas dizem que a marca de 1000 mortes pela doença no ano de 2022, possa ser superada em 2023. A boa notícia é que uma técnica criada para neutralizar o mosquito transmissor deve ser aplicada em grande escala e em breve. Os casos de dengue tiveram um aumento de 50% desde janeiro, comparado com a mesmo período de 2022.
A taxa já preocupa o Ministério da Saúde (MS) e aponta para uma situação de epidemia em vários estados , esta semana Santa Catarina já decretou estado de emergência e já contabiliza 4.700 casos da doença e quatro óbitos. Situação preocupante também em Minas Gerais, onde quinze pessoas morreram até agora e já contabilizam 46.000 casos de dengue, São Paulo já contabiliza 21.000 casos confirmados, e a situação de risco em 156 municípios do interior do estado, o pior cenário está nas cidades mais distantes da capital.
O ano de 2023 ficará marcado pela ano que explodiu a doença, mas um experimento com novos métodos de neutralização da doença, pode mudar essa realidade em breve.
Segundo Mayana Leocárdio, uma nova tecnologia traz esperanças, o método consiste em aplicar no mosquito uma bactéria chamada Volpáquia, e que impede de transmitir a doença, para o projeto em larga escala a Fiocruz fez uma parceria com uma ONG internacional que protege comunidades do mundo inteiro sobre doenças transmitidas por mosquitos. O país vai construir um laboratório com capacidade de produzir até cinco bilhões de mosquitos geneticamente modificados com a bactéria Volpáquia. Em Niterói, onde já existe um projeto experimental, já foi diminuído em 69% os casos de dengue e 56% os casos de Chikungunya.
Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz, diz que o projeto é a médio prazo e não tem precisão em dizer se esse experimento já pode fazer efeito agora,
"talvez a eficácia desse novo incremento tecnológico só vai fazer efeito para o próximo ano".
No mês passado a Anvisa aprovou uma vacina contra a dengue que pode ser usada em pessoas de quatro a sessenta anos, as pesquisas mostram que a vacina tem eficácia de 80% de cura, além de 90% contra internações. as doses devem ser disponibilizadas a partir do segundo semestre, a dúvida é se as duas tecnologias poderão diminuir essa doença que a décadas assombram o país nos meses de verão, onde eles se reproduzem.