Mulheres estão na frente no cuidado com a saúde bucal
Redação
Publicado em 7 de março de 2023 às 19:45 | Atualizado há 2 anos
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A proporção
de mulheres que busca cuidar da saúde é maior quando comparada à quantidade de
homens que adotam cuidados preventivos com o próprio corpo. Dados do Programa
Nacional de Saúde (PNS) revelam que 82,3% das mulheres vão ao médico anualmente, contra
69,4% da população masculina. Da perspectiva da saúde bucal, o panorama é o
mesmo. Uma pesquisa do Carisbrook
Dental
de Manchester, no Reino Unido, que procurou detectar hábitos de higiene bucal entre
gêneros, identificou que a maior frequência de troca de escovas dentais feita
pelas mulheres é indício de maior cuidado e preocupação com os dentes por parte
delas. Por ocasião do Dia da Mulher, celebrado no dia 8 de março, profissionais
da saúde refletem sobre os fatores que motivam este cenário.
Para a
odontóloga Márcia Luz, a mulher – diferente dos homens, que procuram o dentista
em situações muito precárias, nas quais o tratamento já fica mais caro e mais
extenso, culminando, muitas vezes, na perda dental – possui um lugar
fundamental na manutenção da saúde de seu círculo familiar. “Quando eu falo de
família, não é necessariamente de família tradicional – esposo e filhos –, mas
também englobando o cuidado com os pais e outras pessoas pelas quais a mulher se
sente responsável. Então, é ela quem cuida e quem leva, normalmente, a família para
se cuidar. E é ela quem entra em contato, para agendar tanto com a odontopediatria,
quanto com a nossa odontologia completa integral”, relata.
Por outro
lado, Márcia destaca que apesar dos dados revelarem essa preocupação feminina com
o cuidado com a saúde, essa tendência pode esconder muitas situações que ela
conta vivenciar em sua prática profissional: a negligência do autocuidado, em
razão da priorização dos outros componentes familiares. Além disso, ela avalia
que muitas mulheres acumulam funções, não sobrando a elas tempo para que
consigam se cuidar, principalmente quando têm filhos e estes estão em uma fase
na qual ainda dependem muito do vínculo materno. “Mas o mais importante é
encarar isso como um período transitório e se colocar como prioridade, na
medida do possível, ao não negligenciar a higiene oral, investindo em boas
escovas e pastas e em um tempo adequado para a escovação, o que já faz com que se
possa manter a saúde bucal em dia”, propõe.
Sobrecarga da
mulher é naturalizada
A psicóloga
do Hemolabor, Thalita Agati, explica que, como é intrínseco à cultura
brasileira, a formação da mulher está envolta no ato de gerar cuidado e ser multitarefas.
“Estudos mostram que a nossa cultura é o principal motivo para que a maioria
das mulheres deixe de cuidar da própria saúde para priorizar o cuidado com a casa,
filhos e marido. Há uma cobrança social que colabora para o surgimento de
cobranças internas: precisamos desempenhar todos os nossos papéis em sociedade
com maestria e sem nos cansar. Seja como filha, mãe, esposa, profissional ou do
lar, a grande questão não está em gerar cuidado, mas sim em gerar cuidado a
todos e a tudo que deseja, desde que seu autocuidado não seja negligenciado”,
avalia.
No mês em que
é comemorado o Dia da Mulher, Thalita reflete que para mudar essa situação de sobrecarga
feminina, que gera negligência no autocuidado com a saúde de uma forma geral, é
preciso lutar por uma mudança de cultura tanto nas próprias mulheres, quanto da
sociedade. “Para a mudança da nossa cultura precisamos constantemente trazer à
tona temáticas que promovam conscientização e mobilização social sobre as
graves questões de gênero que persistem em todo o mundo. Fazer o dia 8 de
março, Dia Internacional da Mulher, ser todos os dias do ano pode ser uma
maneira de estimular e incentivar outras mulheres”, finaliza.
Sobre a
odontóloga Márcia Luz
Márcia Luz
Marques está à frente da Clínica Luz Odontologia Integrada, um centro de
especialidades odontológicas e de saúde bucal, que propõe um apoio integral do
paciente para promover o seu bem-estar completo, com atendimento odontológico
integrado a outras áreas saúde, entre elas o acompanhamento médico, nutricional
e psicológico.
Sobre
a psicóloga Thalita Agati
Psicóloga
especialista em Cuidados Paliativos pela PUC e Psicologia Hospitalar pelo Hospital
Israelita Albert Einstein. Atua no Hemolabor, grupo referência no diagnóstico e
tratamento de câncer no estado de Goiás e na região Centro-Oeste. Atualmente o
grupo conta com três unidades: o Hospital Hemolabor, o Banco de Sangue e o
Laboratório, contando com mais de 500 colaboradores diretos. Para garantir
ainda mais qualidade e segurança em todo o tratamento, o Grupo Hemolabor foi
recertificado com Acreditação de Excelência – Nível 3, da Organização Nacional
de Acreditação (ONA). Tornando-se o único de centro de oncologia, hematologia e
banco de sangue com essa qualificação na região Centro-Oeste.