Saúde

Os riscos da alimentação por fast-food para a saúde

César Leandro

Publicado em 3 de abril de 2023 às 13:01 | Atualizado há 2 anos

Virou rotina
dos brasileiros pedir comida por aplicativo, é o que apontam dados divulgados
em 2022 pela pesquisa Consumo Online no Brasil, que revelam que o delivery
(entrega) de comida virou hábito para mais de 60% da população. Mas com esse
costume de pedir comida por aplicativo, cresceu também o consumo do fast-food
pelos brasileiros. Em português, comida rápida, o fast-food pode ser uma ameaça
para nossa saúde.

Por conta da
agilidade e praticidade, muitas pessoas que chegam cansadas em casa do trabalho
ou mesmo que buscam outras alternativas para variar na alimentação, escolhem o
fast-food como uma solução, mas essa opção pode virar um problema para a saúde.
Conforme estudo publicado na revista Circulation, pessoas que comem fast-food
mais de duas vezes por semana têm um risco de 30% de desenvolver doenças
cardíacas.

Segundo a nutricionista Nathália
Brasil, quem consome frequentemente o fast-food corre o risco de desenvolver
problemas de saúde. “O consumo frequente e excessivo de fast-food é
um dos grandes causadores de doenças não transmissíveis provenientes da dieta
como: obesidade, dislipidemias, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares,
câncer e até mesmo algumas doenças neurológicas”, explica Nathália, que alerta
ainda para o alto teor de gorduras, sódio e açúcar adicionados nestes
alimentos.

Para a estudante
de psicologia, Beatriz Hilda, de 18 anos, o fast-food faz parte da sua rotina
de alimentação, a jovem costuma pedir a comida em média três vezes por semana. “Eu
sei que não é saudável, mas peço mesmo assim pela rapidez em que eu tenho a
comida em casa, por gastar menos tempo do que se eu tivesse que fazer a comida”,
relata Beatriz.

A nutricionista
Nathália esclarece que não há segredos para uma alimentação saudável. “Manter uma
alimentação saudável consiste em comer “comida de verdade”, ou seja, consumir
alimentos que se encontram mais próximo do seu estado natural e com menos
processamento possível. Exemplos práticos de alimentos que participam de uma
alimentação saudável: arroz, feijão, carnes em geral, ovos, pães, leite e
derivados, frutas, verduras, legumes, sementes, cereais integrais”, conta a
nutricionista.

Às vezes,
segundo Beatriz, comidas saudáveis são incluídas na sua alimentação, mas os
alimentos que fazem mal à saúde, acabam sendo os mais consumidos. “Durante o
dia eu como alimentos saudáveis como salada, maçã, laranja, ameixa, morango… Tento
comer esses alimentos, mas eu gosto muito de hambúrguer, batata frita, hot dog,
pizza. Não consigo deixar de comer esses alimentos por nada, então o fast-food
meio que acaba sendo predominante na minha alimentação”, conta a jovem.

E para quem
pretende ter uma alimentação mais nutritiva, a nutricionista recomenda o
aumento do consumo de vegetais e frutas, além de alimentos ricos em proteínas
como carne e ovos, além de aumentar o consumo de água. “Nenhum
alimento, de forma isolada, tem potencial de fazer com que você se torne alguém
saudável ou não, mas sim o contexto que este alimento está inserido, logo,
cultive hábitos saudáveis para se tornar alguém saudável”, recomenda Nathália. 

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