Outubro Rosa: SUS realizou mais de 238 mil mamografias em Goiás desde 2019
Redação
Publicado em 26 de outubro de 2022 às 18:36 | Atualizado há 3 anos
Desde 2019, o Sistema Único
de Saúde realizou 238.619 mamografias em hospitais públicos de
Goiás. O investimento, destinado ao estado para a concretização
dos exames de rastreamento de câncer de mama, foi de mais de R$ 8,5
milhões, segundo dados do Ministério da Saúde.
Esse
efetivo de mamografias colocou o Goiás na primeira colocação
regional em quantidade de exames realizados em hospitais públicos.
Em segundo lugar está o Mato Grosso do Sul (138.358), em seguida
aparecem: Mato Grosso (80.336) e Distrito Federal, que fecha a lista
do Centro-Oeste com 34.518 mamografias.
Do
total de exames no estado, quase metade – 112.219 – foram em
mulheres com idade entre 50 e 69 anos, faixa etária com maior risco
para o desenvolvimento do câncer de mama. O número também
corresponde aos anos de 2019 a 2021.
A
detecção precoce é uma das estratégias de combate ao câncer de
mama. Profissionais do Sistema Único de Saúde são capacitados para
reconhecer sinais e sintomas iniciais da doença de forma a garantir
o encaminhamento rápido aos serviços de saúde na atenção
primária e na investigação diagnóstica.
Em
outra frente, o rastreamento é um procedimento dirigido às mulheres
na faixa etária em que há evidência para a redução da
mortalidade por câncer de mama e em observância aos benefícios e
danos à saúde.
Os
benefícios do rastreamento, realizado a cada dois anos com a
mamografia, em mulheres de 50 a 69 anos proporciona melhor
investigação da doença, contribuindo para o tratamento mais
efetivo. É importante ressaltar que o câncer de mama também atinge
homens, representando 1% dos casos.
De
acordo com o Ministério da Saúde, a redução da mortalidade por
câncer de mama atribuída a mamografia de rastreamento, inicialmente
estimada em torno de 30%, nos casos seguidos de estudos foi
rebaixada, sendo estimada atualmente em 15%.
O
Sistema Único de Saúde, inclusive, oferece atenção integral à
prevenção e ao tratamento do câncer de mama, recomendando a
mamografia de rotina em mulheres sem sintomas ou sinais da doença
entre a faixa etária de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos. A
orientação sobre mudanças habituais nas mamas em diferentes
momentos do ciclo de vida e sinais suspeitos, também são repassados
às pacientes do SUS.
Sinais
e sintomas
O
sintoma mais comum do câncer de mama é o caroço (nódulo) no seio,
estando presente em 90% dos casos da doença. Também é possível
aparecer sintomas como: pele da mama avermelhada, retraída ou com
aspecto de casca de laranja; pequenos caroços embaixo do braço ou
no pescoço; alterações no bico do peito; e saída espontânea de
líquido de um dos mamilos. Com qualquer um desses sintomas, é
necessário consultar um profissional de saúde para análise.
Segundo
o Instituto Nacional do Câncer (INCA), um a cada três casos de
câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Desta
forma, combater fatores de risco como sedentarismo, obesidade,
consumo de bebida alcoólica e sobrepeso após a menopausa é
essencial. Além disso, entre 5% e 10% dos casos estão relacionados
com causas hereditárias ou genéticas.
Nacional
Em
outubro, mês de conscientização contra o Câncer de Mama, o
Ministério da Saúde também ampliou o acesso à cirurgia de
reconstrução mamária em mulheres com diagnóstico de câncer de
mama que foram submetidas a mastectomia pelo SUS. Os hospitais serão
habilitados e classificados de acordo com critérios técnicos. A
previsão de destinação é estabelecida em R$ 100 milhões.
Os
recursos para prevenção ao câncer de mama por meio do SUS chegaram
a mais de R$ 421 milhões em todo o país. Já o número de
mamografias realizadas, foi de 11 milhões 484 mil, sendo 5 milhões
980 mil em mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. Destacando um
aumento de 36,1% na produção de mamografia no ano de 2021,
comparado ao ano de 2020.
Como
estratégia de fortalecimento das ações de combate precoce ao
câncer de mama e colo de útero, durante a pandemia, o Ministério
da Saúde publicou a portaria 3.712/2020, que instituiu, de forma
temporária e excepcional, um incentivo financeiro federal de R$ 150
milhões para o fortalecimento do acesso às ações de tratamento,
detecção, rastreamento e controle do câncer de mama e colo de
útero no SUS.
Ministério
da Saúde