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Na última quinta-feira (5/11), cerca de 80 órgãos que compõem a estrutura do Governo do Distrito Federal (GDF) foram alvos um ataque hacker. As investigações iniciais da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), apontam que os responsáveis pela investida são profissionais na invasão e infecção de sistemas.
A ação criminosa também foi realizada de uma maneira que dificulta a identificação do local em que os ataques partiram. Segundo informações de uma fonte ouvida pelo Metrópoles, o autor da invasão provavelmente não é iniciante no ramo da pirataria cibernética.
“Neste tipo de ataque, muitas vezes, o hacker chama atenção do pessoal da segurança da informação simulando uma falha no sistema para que esse erro seja corrigido. Quando a equipe está trabalhando para solucionar a instabilidade, o hacker descobre outras vulnerabilidades. É tipo uma cortina de fumaça e os criminosos fazem outra modalidade de ataque em paralelo. Procuram portas abertas e atacam os servidores”, explicou a fonte.
Para os investigadores, os criminosos virtuais utilizaram um ransomware para tentar infectar os sistemas do GDF. Esse software restringe o acesso ao sistema infectado com uma espécie de bloqueio e cobra um resgate em criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido. Quando o pagamento não ocorre, os arquivos podem ser perdidos ou publicados na internet.
Ataque Hacker semelhante ao do STJ
Apesar de identificarem uma fragilidade no sistema, os Hackers não conseguiram invadir a rede do GD, porque não tiveram tempo suficiente para concluir a invasão.
Mas um detalhe importante é que a Subsecretaria de Tecnologia, da Secretaria de Economia do Distrito Federal, chegou a encontrar um pedido de resgate que seria disseminado caso os dados fossem roubados. Na última terça-feira (3),o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também foi alvo de invasão, recebeu a mesma solicitação. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal (PF).
Mediante os padrões dos ataques, a polícia suspeita que os responsáveis por tentar invadir os sistemas do GDF são os mesmos que criptografaram os bancos de dados do STJ. Na manhã desta quinta-feira (5/11), servidores do Ministério da Saúde também relataram instabilidade no sistema da pasta. Por conta das especulações sobre uma suposta invasão dos hackers, as chefias imediatas pediram que fosse suspensa a sincronização de e-mail de celulares e notebooks.
