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OPINIÃO

Gravidez Molar

A gravidez molar, também conhecida como doença trofoplástica gestacional, é a formação de tumores no útero, parecidos com cachos de uva. Existe a mola completa, que não forma tecido fetal normal, e a mola parcial, que desenvolve tecidos fetais incompletos junto com o tecido do útero, e a invasiva, que chega a ser um caso mais complicado da doença, porque ela pode se espalhar pelos órgãos internos do corpo, como coração, pulmão e até o cérebro, tornando-se um tumor maligno.

Sintomas da gravidez molar podem ser parecidos com os de uma gravidez normal, porém, mais fortes. O aumento do abdômen de forma rápida, enjoos acompanhados de vômito, sangramentos, cólicas pélvicas ou corrimento vaginal, dores abdominais, e nível do hormônio Beta HCG muito alto. O tratamento pode durar de seis meses a um ano, dependendo do tipo molar que a paciente tiver. Qualquer mulher que engravide pode desenvolver uma gravidez molar, por isso é importante que a mulher faça o pré-natal e exames de rotina. Quanto mais cedo for diagnosticada, mais chances tem a paciente de ficar boa em um período curto de curto.

Somente o médico pode diagnosticar qual o tipo de tratamento, mas quase sempre é recomendado a cirurgia para retirada do tumor. Já os tipos mais agressivos da doença podem requerer quimioterapia ou radioterapia. A dilatação e a curetagem são usadas para remover as molas hidatiformes, que não são cancerosas. Neste caso a abertura do colo do útero é dilatada e o revestimento deste é raspado, eliminando toda a mola hidatiforme. A retirada do útero também é viável, caso haja o consentimento. A quimioterapia com um único medicamento é usada para tratar o tumor de uma gravidez molar, que tem características sugestivas de um bom prognóstico. A quimioterapia com múltiplos medicamentos é necessária para tratar tumores invasivos com pior diagnóstico. Já a radioterapia é usada em casos mais raros da doença para destruir células cancerosas.

Nem todos os hospitais estão preparados para receber uma paciente com gravidez molar e fazer o tratamento adequado, por isso dificulta muito o tratamento da paciente, podendo-se agravar a doença.

(Núbia Barroso Dias, graduando em Ciências Biológicas pela Faculdade Araguaia)

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