Mulheres de sucesso

Empreender é muito mais do que abrir um negócio e criar um bom planejamen­to estratégico. É olhar para o pró­prio entorno e identificar oportu­nidades de inovar em um mercado e explorar novas possibilidades de empreendimento e lucro.

Em se tratando de uma mu­lher empreendedora, o desafio é maior, além de lutar para con­quistar o seu espaço em mercados predominantemente masculi­nos, muitas vezes a empreende­dora precisa, ainda, conciliar a vida profissional com a pessoal, ou seja, realizar o gerenciamen­to empresarial com o doméstico.

Na área do empreendedorismo, o público feminino representa uma leve supremacia entre os empreen­dedores iniciais, cerca de 51,5% são dirigidos por mulheres, isto signi­fica que a mulher está pronta para empreender e está cada vez mais conquistando o seu espaço. As em­preendedoras estão fazendo boni­to, a cada dia novas histórias de su­cesso surpreendem o mercado e inspiram novas mulheres a bus­car sua autonomia financeira e in­dependência profissional.

O Anuário das Mulheres Em­preendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, orga­nizado pelo Sebrae, mostra que o número de mulheres empreende­doras cresce em todo o Brasil. Elas já somam mais de 7 milhões e atuam nos mais diversos tipos de negócio. Seja no mercado de estética, design, gastronomia, no mundo do coa­ching ou até mesmo na tecnologia, uma área que eventualmente é ad­ministrada pelos homens.

As mulheres transformaram suas habilidades e contextos de vida em oportunidades para criar negó­cios e prosperar, com muita criativi­dade e disciplina. Além disso, cui­dam da família, do trabalho, da casa, ou seja, conseguem fazer várias coi­sas ao mesmo tempo.

LARISSA TRENTIN

Formada em design de moda, a empresária sempre gostou de se vestir bem e de frequentar eventos neste segmento. Quando concluiu a faculdade, estava na dúvida entre abrir o seu próprio negócio ou fazer uma pós-graduação em Nova York. Então, optou por abrir uma loja de roupas femininas, que foi inaugura­da no dia 27 de fevereiro. Tratar bem os funcionários, as pessoas ao redor e o público é fundamental para se tornar um case de sucesso.

Sua maior inspiração é a sua fa­mília, principalmente a sua mãe, que sempre trabalhou nos negócios da família, no ramo agropecuário, uma área que é liderada na maioria das vezes por homens. “Hoje mui­tas das grandes empresárias na nos­sa cidade estão nesse ramo, e eu fico muito feliz de poder estar trabalhan­do com algo que me dá prazer e te­nho um retorno positivo principal­mente nos dias de hoje. Graças a Deus tive apoio da minha família e deu tudo certo no final”.

CAMILA MOREIRA E LUCIANA SOUSA

Conhecidas como as madames dos cafés, doces e chás, as empresá­rias, com a ajuda de mais uma sócia, abriram neste ano uma loja especia­lizada em café com marca própria. A concretização deste negócio é a rea­lização de um sonho antigo. A ins­piração para montar o próprio ne­gócio é a certeza que empreender vale a pena e que a colheita é certa quando se planta com amor. “Ser mulher empreendedora é empo­derar-se de sua vida pessoal e pro­fissional, garantindo independên­cia financeira e de decisão sobre o seu negócio e sua vida. Gosto muita da definição que “empreender é ter autonomia para usar as melhores competências para criar algo dife­rente e com valor, com comprome­timento, pela dedicação de tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, físicos e sociais”, e sendo mulher o desafio é conci­liar tudo isso com os inúmeros ou­tros papéis que temos como mãe, esposa e filhas.”

ALESSANDRA CÂMARA

Há 17 anos, a jornalista abriu o seu próprio negócio, já traba­lhava em alguns freelas na área, nesse período conheceu sua só­cia que tinha as mesmas vontades e juntas criaram uma empresa de assessoria em comunicação. Mesmo com tanto tempo no mer­cado, Alessandra acredita que ainda tem muito o que apren­der, trabalhar e crescer. Já con­quistaram muitos clientes que ajudaram com novas experiên­cias e reconhecimento, abrindo novas portas. Para ela, ser uma mulher empreendedora é um de­safio diário, de luta, adequação ao mercado, surpresas desagradá­veis e agradáveis, medos, mas ao mesmo tempo inebriantes, pois trazem muitas realizações profis­sionais.Ela diz que abrir o próprio negócio foi a melhor escolha des­de que deixou de ser funcionária.

Além de 17 anos de empreen­dedorismo, Alessandra ainda ad­ministra a família, é casada e tem dois filhos. E não abre mão de cui­dar da casa, fazer as compras, le­var os filhos na escola, de partici­par da vida familiar. Mesmo com a rotina de assessoria de impren­sa que possui horários irregulares, ela garante que, com organização, arruma tempo para tudo. “Sempre quis fazer o que faço hoje, graças a Deus. Claro, que crescer financei­ramente e ter expectativas de ex­pandir ainda mais pesa bastante. O mercado não é essa maravilha, mas a gente sempre acredita e tor­ce para que melhore. Mas a paixão pelo meu trabalho foi com certeza o meu maior combustível.”