Ministro faz enquete sobre intervenção militar
Redação DM
Publicado em 29 de setembro de 2017 às 17:46 | Atualizado há 8 meses
A ditadura militar é, historicamente, conhecida como um período conturbado na história recente do Brasil. Porém, sua volta tem sido defendida por uma parcela de brasileiros que se dizem descontentes com a atual situação política do país. Com o intuito de saber a opinião de seus seguidores em uma rede social, um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fez uma enquete sobre o assunto.
A polêmica causada pela postagem do ministro OG Fernandes tomou conta das redes sociais. Ele recebeu várias críticas, mas também houve quem o defendesse e parabenizasse pela atitude.
“Sério isso ministro? Isso nem deveria ser a pauta do Brasil, ainda mais vindo de um magistrado”; “Você é o Brasil: o juiz deve sofrer intervenção psiquiátrica?”; “Não faz mais o país passar por mais essa vergonha.”, foram algumas das postagens contrárias ao ministro.
Já que tá pedindo pra gente ser o juiz que tal entregar seu cargo, seus benefícios, e abrir um food truck
— esforçado (@dafnesampaio) 28 de setembro de 2017
Já as de cunho favoráveis ao ministro utilizaram como argumento para a intervenção militar a corrupção e os problemas atuais da política brasileira: “antes que o povo se revolte e parta para uma guerra civil”.
A enquete foi lançada no fim da tarde de quinta-feira (28/09) e continha a pergunta: “Vc é o juiz: o Brasil deve sofrer intervenção militar?”
Até o momento desta reportagem mais de 34 mil pessoas haviam escolhido um opção na enquete do ministro. O resultado parcial estava equilibrado, mas a maioria 52% haviam optado pelo não e 48% pelo sim.
Resposta
A polêmica causada pela postagem fez o ministro se manifestar a respeito, na mesma rede social: “Acalmem-se. De mim não verão qualquer manifestação fora da lei. Obrigado aos que entenderam o intuito da enquete”.
Para ele um juiz que atua no STJ não pode se encastelar: “Querem minha opinião? Meu dever é cumprir a lei. Sou seguidor da lei, da Constituição e da democracia no Brasil. Faço isso todo dia”.