Opinião

A Defesa Civil somos todos nós!

Redação DM

Publicado em 31 de março de 2017 às 02:04 | Atualizado há 8 anos

Ano após ano, as cinco regiões brasileiras sofre com eventos como enchentes, deslizamentos, inundações, enxurradas, estiagem, etc. Visando prevenir e minimizar os efeitos dos desastres no Brasil, a União instituiu por meio da Lei Federal nº 12.608/2012, o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, composto por órgãos federais, estaduais e municipais para cada um, dentro de suas esferas, atuar nas ações relacionadas aos desastres que envolvem a Defesa Civil em nosso País.

Importante destacar que no âmbito do Ministério da Integração Nacional, temos a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão central responsável por coordenar as ações de proteção e defesa civil em todo o território nacional. Destarte, para obter resultados positivos na área de defesa civil, é preciso que haja uma integração entre as três esferas governamentais.

Ocorre que existe outro elemento importante neste sistema, imprescindível para o sucesso das ações: a comunidade. Ela é a primeira a ser atingida e por isto, deve estar muito bem preparada e organizada para enfrentar os problemas causados pelos desastres. E infelizmente em muitos casos de catástrofes a ajuda externa demora chegar. Neste entendimento se faz extremamente necessário que a população esteja preparada para atuar nestas situações adversas, quer seja nas operações de salvamento, sobrevivência bem como segurança. Isso só é possível com treinamentos e também com conscientização acerca dos riscos. O envolvimento e o engajamento dos agentes públicos da Defesa Civil e a comunidade são essenciais.

Nos últimos anos a Defesa Civil evoluiu muito no Brasil, porém ainda há muito que ser feito em relação ao comprometimento da comunidade com o tema. Não restam dúvidas que se trata de uma questão cultural em nosso País em que a percepção de risco por parte da população e autoridades sem duvida ainda tem muito que melhorar. E hoje o que os órgãos de defesa civil tem feito para inserir a comunidade neste contexto é a realização de simulados e treinamentos em todo o País além de outras ações socioeducativas.

Destaca-se ainda que a melhor forma de disseminar a cultura da prevenção é por meio das crianças e dos adolescentes. Nós que atuamos com Defesa Civil, entendemos que com a inserção desta temática no seio da com unidade, haverá inegavelmente uma institucionalização da redução do risco de desastres, construindo uma nova geração consciente da importância do papel de cada um de nós, governos e cidadãos, na construção de um planeta mais seguro e sustentável. Palestras, distribuição de cartilhas, material didático, folders, são ações que visam orientar e alertar os alunos sobre a importância da cultura da prevenção.

Bom relacionamento entre a Defesa Civil e população, aliado ao uso da tecnologia é fundamental para a prevenção e a minimização dos desastres. O envolvimento de pessoas da própria comunidade é de extremamente importância para auxiliar o trabalho das defesas civis municipais. Agora, importante dizer, não basta termos órgãos bem estruturados, com agentes capacitados e com equipamentos tecnológicos, se as pessoas não estiverem preparadas para enfrentar e até mesmo prevenir os desastres. A capacitação de membros das comunidades, bem como a existência dos Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (nos bairros, por exemplo) são ações que devem caminhar juntas na busca da redução dos riscos que compreende uma série de ações, tais como prevenção, a preparação para emergências e desastres, a resposta, reconstrução e a recuperação dos cenários afetados. Esta premissa sendo bem assimilada, bem como todos os envolvidos no sistema estando em sintonia, certamente teremos comunidades mais seguras para se viver. A Defesa Civil, somos indistintamente, todos nós.

 

(Cristiano Garcez Gualberto, mestrando em Educação pela Universidade Federal de Goiás/UFG, Regional Jataí, sargento do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, especialista pós-graduado em Defesa Civil, graduado em Ciências Contábeis pela Universidade de Rio Verde, professor dos cursos de Ciências Contábeis e Administração de Empresas da Faculdade Quirinópolis, técnico de Segurança do Trabalho, especialista em Trânsito (Uned/MT) e especialista em Segurança do Trabalho (FIJ/RJ). E-mail: [email protected])


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