Setembro Amarelo: autocuidado é um método eficaz na prevenção ao suicídio

Setembro é conhecido mundialmente como o mês de prevenção ao suicídio. No Brasil, a campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina. A campanha se dispõe a tratar do tema, que ainda é rodeado de tabus e preconceitos.

Dados do relatório Suicide Worldwide in 2019, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estimam que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. Ainda que subnotificado, no Brasil são registrados cerca de 13 mil suicídios todos os anos. Segundo o psicólogo Caio Fábio Martins, falar sobre prevenção ao suicídio é salvar vidas.

“A campanha do Setembro Amarelo vem ganhando cada vez mais aderência da sociedade. A psicologia também está ganhando relevância e espaço, isso muda a forma como nós entendemos a saúde. Hoje, saúde não é mais só cuidado biológico, com o corpo, é também o cuidado com psiquismo”, ressalta Caio Fábio.

Para o profissional, prevenir suicídio nada mais é do que promover o autocuidado e a saúde mental. “Antes de colocar a máscara de oxigênio no outro, eu preciso colocar primeiro em mim. Quando a gente consegue se cuidar, olhar para si primeiro, nós conseguimos inclusive ter noção se o outro está bem ou não. Porque se você não sabe se está bem, é impossível saber se o outro está doente”, afirma.

De acordo com a OMS, nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. Autocuidado, saúde mental equilibrada e suporte social são mecanismos de prevenção ao suicídio. Segundo o psicólogo, a sociedade precisa oferecer assistência para quem tem ausência de autocuidado, além de oferecer formação de vínculos e novos laços para outras pessoas.

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